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Reunião pública na Câmara debate problemas de segurança nas casas noturnas

A sequência de casos de violência e até mortes que têm acontecido na frente de casas noturnas em Cascavel levou vereadores e autoridades a se encontrarem na sede do Legislativo para discutir o problema e possíveis soluções. A reunião pública promovida pela Comissão de Segurança Pública e Trânsito (CSPT) aconteceu no Plenário, na manhã desta quarta-feira (14).

Além dos vereadores Policial Madril (PSC) e Sadi Kisiel (Podemos), da Comissão, também participaram a Professora Liliam (PT), Dr. Lauri (PROS) e Serginho Ribeiro (PDT). Pela Prefeitura, compareceram Pedro Fernandes, secretário de Segurança Pública, Gelson Uecker, secretário de Finanças, Hudson Moreschi, secretário de Assistência Social e Simone Soares, presidente da Transitar.

Na mesa, ao lado dos vereadores da CSPT, estavam o promotor Alex Fadel e o delegado Rubens Miranda Júnior, chefe da 15ª Subdivisão de Polícia Civil, a delegada Mariana Vieira, chefe do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) e representantes do Conselho Tutelar. Pelo setor empresarial, compareceu Volnei Mecabô, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, e o representante dos trabalhadores em segurança, Rui Dias, que é presidente do Sindicato dos Vigilantes de Cascavel.

Em sua fala, o promotor Alex Fadel contou que foi procurado recentemente por um juiz do Rio de Janeiro que, ao ver matéria em rede nacional sobre o caso mais recente de atropelamento e morte na porta de uma casa noturna, lhe perguntou o que estaria acontecendo em Cascavel. “Isso não é normal, gente, não é normal. Foi uma situação chocante o que aconteceu ali. E as pessoas tem me perguntado também o que está acontecendo com os seguranças de casa noturna. Houve uma sequência de problemas com crimes, alguns de homicídio, outros não, envolvendo seguranças. Quem está ali fazendo a segurança, está armado, tem que ter um controle emocional para enfrentar a situação. No caso do atropelamento na rua Paraná, é daquele jeito que é para ser feito? Não importa se a pessoa está bêbada, a obrigação ali era cuidar, e não deixá-la ali no chão”, disse ele.

Na sequência, os participantes fizeram várias ponderações e avaliações, com destaque para a necessidade de maior controle e fiscalização sobre a contratação de seguranças pelas casas noturnas. Uma proposta apresentada foi a de que seja feito um levantamento junto às dez empresas de segurança que operam de acordo com as normas da Polícia Federal, para que informem quais são os estabelecimentos que têm contrato com cada uma delas. O objetivo seria descobrir quais casas noturnas estão usando serviços de segurança de forma irregular. Também houve propostas sobre a questão trabalhista dos seguranças, sobre a normatização do setor e outras, que serão encaminhadas formalmente ao promotor Alex Fadel. O vereador Sadi Kisiel informou ao final que uma segunda reunião será convocada para dar continuidade às discussões.

Assessoria de Imprensa/CMC