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Acadevi ressalta necessidade de agente de bordo no transporte público

O sistema de bilhetagem eletrônica e a necessidade da figura do segundo tripulante nos ônibus do transporte coletivo urbano de Cascavel esteve em pauta nesta terça-feira (1º) na sessão da Câmara de Vereadores por meio de um pronunciamento de Ivã José de Padua, representante da Acadevi (Associação Cascavelense de Pessoas com Deficiência Visual).

Fazendo uso da tribuna do povo, Padua ressaltou a importância da apresentação em fevereiro do projeto de lei que altera a Lei Municipal 6.466/2015, que dispõe sobre a utilização da bilhetagem eletrônica. De autoria de Paulo Porto (PCdoB), Professor Paulino (PT), Celso Dalmolin (PR) e Rui Capelão (PPS), a proposta busca garantir a tripulação mínima de um motorista e um agente de bordo em cada veículo da frota.

O membro da Acadevi lembrou que quando da implantação da bilhetagem foi feita a promessa que as passagens iriam baixar o custo, porém o que aconteceu foi o contrário. Padua também lembrou do arquivamento do Projeto de Lei 083, arquivado no ano passado no Legislativo, que restringia o direito a gratuidade para portadores de deficiência, parcela de estudantes e idosos entre 60 e 64 anos. "Esse projeto equivocado não foi feito com a participação de nenhuma entidade. Mesmo arquivado, continuamos vigilantes para que esse tipo de iniciativa nunca mais retorne a esta Casa de Leis. Uma proposta conservadora que vai contra o avanço de políticas públicas que visem a inclusão social", discursou Padua.

O vereador Paulo Porto (PCdoB) agradeceu o apoio da Acadevi ao projeto que busca restabelecer a figura do agente de bordo no transporte e a luta fundamental para que o PL 83 fosse arquivado em 2015. "Temos que reconhecer o esforço da Acadevi, pois junto com outras entidades foi fundamental para que esse projeto fosse arquivado, pois era uma proposta que só era benéfica para o ponto de vista dos empresários que exploram o serviço do transporte público. As entidades levantaram a bandeira contra esse projeto, sem se esconder no anonimato ou por meio de outdoors apócrifos. E como bem falou o Ivã de Padua, que continuemos vigilantes pois preço da liberdade é a eterna vigilância", concluiu o parlamentar.

Julio Carignano/ Assessoria de Imprensa/ Paulo Porto