A acessibilidade é elemento indispensável aos equipamentos públicos, porém é comum verificarmos a ausência de dependências adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Cascavel. Isso vem sendo constatado em cada visita do vereador Paulo Porto (PCdoB) em unidades do município.
Na condição de presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara Municipal, o parlamentar vem fazendo um diagnóstico da rede municipal. Para Porto, a resolução das demandas relativas à acessibilidade deve ser prioridade da Secretaria de Educação. “Verificamos esse problema em praticamente todas as escolas que visitamos até então. Com exceção das escolas novas, as demais precisam de reformas emergenciais com adequações aos alunos cadeirantes, alunos com necessidades especiais”, comenta.
O vereador lembra que essa dificuldade é verificada em toda rede pública do país. “Dados do último Censo do MEC [Ministério de Educação] apontam que apenas cerca de 15% da rede pública de ensino do país conta com acessibilidade arquitetônica, enquanto esse número sobe para 30% na iniciativa privada”, cita Porto.
Nesta quarta-feira (12), Porto esteve na Escola Municipal Aloys João Mann, no bairro Cancelli. Acompanhado da diretora Luciene Maria da Silva, o legislador vistoriou as dependências. “Além de reparos pontuais e pintura, a escola conta com uma rampa fora dos padrões, muito íngreme que dificulta a mobilidade. Além disso, os funcionários nos alertaram para as dificuldades nos dias de chuva, com os pisos escorregadios”, comenta.
A Escola Aloys João Mann atende cerca de 320 alunos, sendo duas crianças cadeirantes, além de contar com uma professora com necessidades especiais. “Os estudantes com deficiência devem ter acesso a todas as dependências da escola, por isso as adequações são emergenciais”, diz o legislador.
Hora atividade
Além das questões estruturais de cada unidade, o vereador também está mantendo diálogo com os professores e funcionários da rede. O cumprimento da lei dos 33% de hora atividade e a revisão do Plano de Cargos e Carreiras são apontados como as principais preocupações dos servidores.
“A implantação dos 33% de hora atividade é um direito que acabou se tornando um problema para as direções. Neste sentido vemos que a única saída é contratar mais professores”, conclui Porto, alertando que suas visitas deverão nortear as cobranças feitas em plenário e os encaminhamentos a Secretaria de Educação.
Por Júlio Carignano | Assessoria do vereador Paulo Porto
Legenda: Vereador Paulo Porto em visita a Escola Aloys João Mann, no bairro Cancelli
Crédito: Júlio Carignano