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Agosto Azul alerta para prevenção do câncer de próstata

Foi aprovado em primeira votação na sessão desta segunda-feira (25) o Projeto de Lei 57/2014, que institui no calendário oficial do município a campanha Agosto Azul, com o objetivo de esclarecer a população a respeito da importância da prevenção do câncer de próstata.

A proposta, da vereadora Danny de Paula, faz parte de uma ação nacional que promove a conscientização dos homens acerca da necessidade de exames periódicos, especialmente para prevenir o câncer de próstata. Tradicionalmente, os homens procuram menos os serviços de saúde, mas esta é uma realidade que precisa ser mudada, explica a vereadora. A campanha Outubro Rosa, com foco na saúde da mulher, já está instituída internacionalmente, no entanto, poucas ações são direcionadas especialmente ao público masculino.

Danny de Paula explica que cuidar da saúde pública é uma obrigação do Estado, portanto, nada mais justo do que o Poder Público Municipal manter em seu calendário oficial esta campanha. “Nosso objetivo é apresentar ações educativas e preventivas para a população masculina, sobre essa doença que a cada ano assusta e mata muita gente”.

Seja por questões culturais ou financeiras, os homens vão menos aos médicos e realizam exames com menos frequência. Estudos do Ministério da Saúde apontam que os homens são mais vulneráveis às doenças crônicas, ingerem álcool e fumam em uma proporção maior e morrem mais precocemente que as mulheres. Por isso, políticas públicas, campanhas de conscientização e maior acesso à saúde pública são necessários para mudar este quadro.

No caso especifico do câncer de próstata, o estigma do exame também interfere negativamente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O INCA afirma que o “aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida”.

Assessoria de Imprensa/CMC