Especialistas defendem a importância do ambiente familiar na formação do caráter, como também a relevância do ensino escolar nas referências culturais e valores para o convívio social. Com base nesses instrumentos de educação, foi aprovado por unanimidade de votos na Câmara de Cascavel, o projeto do vereador e presidente do Legislativo, Marcio Pacheco (PPL) que inclui nos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, conteúdos de prevenção e combate ao uso de drogas psicoativas lícitas e ilícitas.
Segundo avalia Marcio Pacheco, a escola, como espaço destinado à formação de crianças, adolescentes e jovens, deve ter papel fundamental na prevenção. “Por um lado existem as ações de repressão que atuam no combate ao tráfico, por outro lado precisamos com urgência estabelecer metas de prevenção. Distribuir panfletos pela rua dizendo o que é certo ou errado é muito pouco. É na mais tenra idade que aprendemos questões essenciais para o convívio social e por esta razão estamos propondo a inclusão do conteúdo programático focado na educação preventiva”, explica o proponente.
Os temas sobre prevenção e combate ao uso de drogas deverão ser inseridos nos planos de ensino das disciplinas de Ciências e Educação Física, como também deverão ter linguagem adequada para cada faixa etária. Os conteúdos deverão tratar sobre drogas lícitas e ilícitas, tipos de consumo, efeitos e consequências físicas, psicológicas, familiares e sociais. O projeto também determina que o Poder Executivo promova capacitação dos professores que irão ministrar o conteúdo em suas disciplinas.
DROGAS DENTRE JOVENS E CRIANÇAS
Cresceu o uso de drogas ilícitas por adolescentes entre 2009 e 2012, sobretudo entre as meninas. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) realizada em 2012, chegou a 9,9% a proporção de adolescentes que já experimentaram drogas ilícitas, o que equivale a mais de 312 mil jovens. Em 2009, quando foi feita a primeira pesquisa desse tipo, o porcentual foi de 8,7%.
Foram entrevistados 109.104 alunos do 9° ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas em todo País, a grande maioria (86%) com idades de 13 a 15 anos. Os resultados foram projetados para o universo de 3,1 milhões de adolescentes que estudam no 9º ano. Embora a proporção pareça pequena, os técnicos do IBGE se espantaram com a revelação de que 0,5% dos adolescentes usou crack no período de 30 dias que antecederam a pesquisa, pois, em números absolutos, são 15 mil estudantes no País inteiro que já experimentaram a droga, que tem o maior potencial de dependência.
Álcool. No caso das drogas lícitas, nada menos que sete em cada dez adolescentes já experimentaram alguma bebida alcoólica, proporção que teve pequena redução em relação a 2009, passando de 71,4% para 70,5%. No entanto, 50,3% informaram já ter tomado pelo menos uma dose, o que equivale a, no mínimo, uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça ou uísque. Esta pergunta não foi feita em 2009.
Jefferson Lobo/ Assessoria de Imprensa/CMC
Com informações do IBGE e PENSE
Legenda: Marcio Pacheco é o proponente do projeto
Foto: Flavio Ulsenheimer/Assessoria Câmara Cascavel