As Comissões de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente realizaram na última quinta-feira (13) uma grande audiência pública com autoridades e segmentos organizados da sociedade, para debater “O abastecimento de água de Cascavel e a viabilidade da instalação da nova rede de captação no Rio São José”.
Participaram da mesa, Renato Bueno, gerente geral Região Oeste/Sudoeste da SANEPAR, Marlise da Cruz, chefe do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Lilimar Mori, médica da Seção de Vigilância Epidemiológica da 10ª Regional de Saúde, Major Rogério Lima de Araújo, representando o 4º Grupamento de Bombeiros de Cascavel, Beatriz Tambosi, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Cauê de Oliveira, advogado dos agricultores afetados pelas obras da Sanepar, José Luiz Nishihara Pinto, tecnólogo em Saneamento da 10ª Regional de Saúde, Irene Carniatto, professora da Unioeste, Liliam Radunz, representando a Associação Pró Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, Adelar José Valdamari, da ONG Amigos dos Rios e Álvaro Fortes, agricultor.
Um dos principais pontos da discussão foi a viabilidade da instalação de rede de captação de agua no Rio São José, situado no distrito de São Salvador e com 142 km2. As cerca de 300 famílias da região afetadas pelo projeto pedem que a Sanepar indenize as famílias de acordo com o impacto causado pela rede e na proporção em que a captação prejudicará as atividades rurais. Uma ação judicial tramita
De acordo com Renato Bueno, da Sanepar, “não há mais condição de abastecer a cidade apenas com o Rio Cascavel, Rio saltinho e Rio Peroba, que fornecem 51.784 m3 por dia. Novas fontes de abastecimento precisam ser buscadas e tornadas viáveis”. Segundo ele, o monitoramento da qualidade da água e dos percentuais de agrotóxico são feitos constantemente e estão muito abaixo dos percentuais permitidos pelas portarias do Ministério da Saúde. No rio São José podem ser captados 25.920 m3 e 14.342 m3 no Rio do Salto, os dois locais onde a Sanepar captará água para abastecimento da cidade.
O vereador Celso Dal Molin destacou alguns pontos que precisam de atenção dos órgãos competentes, especialmente a necessidade de campanhas de conscientização e mantem diálogo com os agricultores e avicultores da região para a preservação das águas do Rio São José, de suas fontes e da mata ciliar ao Rio, por quantos anos é garantido o abastecimento de nossa cidade garantido e se o IAP está acompanhando a parte documental da SANEPAR.
Representando as famílias atingidas pela estação de captação, o advogado Cauê de Oliveira relatou que a outorga era apenas para estudos de viabilidade e não para a construção definitiva. “As famílias que ali residem dependem para sua subsistência de atividades como suinocultura, avicultura, pecuária e plantação diversas, atividades estas que afetam diretamente a qualidade da água captada”. O advogado disse ainda que faltam os estudos de impacto prévio ambiental, impacto de vizinhança, de impacto regional, informações que já foram questionadas inclusive judicialmente.
Foram definidos como encaminhamentos: solicitar junto ao Prefeito Municipal a regulamentação da Lei Municipal dos recursos hídricos para que o Conselho Municipal de Recursos Hídricos seja instalado e comece a trabalhar; solicitar a participação do Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Baixo Iguaçu na questão da capitação de água no rio São José; regulamentação das chácaras de lazer, localizadas no entorno do rio São José; acompanhamento da Comissão de Meio Ambiente desde as fontes do rio São Jose até o ponto de captação e confrontação entre as informações prestadas pela Sanepar e pela representante da Secretaria Municipal de Saúde.
Assessoria de Imprensa/CMC
Audiência questiona autoridades sobre qualidade da água em Cascavel
As Comissões de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente realizaram nesta quinta-feira (13) uma grande audiência pública com autoridades e segmentos organizados da sociedade, para debater “O abastecimento de água de Cascavel e a viabilidade da instalação da nova rede de captação no Rio São José”.
Participaram da mesa, Renato Bueno, gerente geral Região Oeste/Sudoeste da SANEPAR, Marlise da Cruz, chefe do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Lilimar Mori, médica da Seção de Vigilância Epidemiológica da 10ª Regional de Saúde, Major Rogério Lima de Araújo, representando o 4º Grupamento de Bombeiros de Cascavel, Beatriz Tambosi, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Cauê de Oliveira, advogado dos agricultores afetados pelas obras da Sanepar, José Luiz Nishihara Pinto, tecnólogo em Saneamento da 10ª Regional de Saúde, Irene Carniatto, professora da Unioeste, Liliam Radunz, representando a Associação Pró Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, Adelar José Valdamari, da ONG Amigos dos Rios e Álvaro Fortes, agricultor.
Um dos principais pontos da discussão foi a viabilidade da instalação de rede de captação de agua no Rio São José, situado no distrito de São Salvador e com 142 km2. As cerca de 300 famílias da região afetadas pelo projeto pedem que a Sanepar indenize as famílias de acordo com o impacto causado pela rede e na proporção em que a captação prejudicará as atividades rurais. Uma ação judicial tramita
De acordo com Renato Bueno, da Sanepar, “não há mais condição de abastecer a cidade apenas com o Rio Cascavel, Rio saltinho e Rio Peroba, que fornecem 51.784 m3 por dia. Novas fontes de abastecimento precisam ser buscadas e tornadas viáveis”. Segundo ele, o monitoramento da qualidade da água e dos percentuais de agrotóxico são feitos constantemente e estão muito abaixo dos percentuais permitidos pelas portarias do Ministério da Saúde. No rio São José podem ser captados 25.920 m3 e 14.342 m3 no Rio do Salto, os dois locais onde a Sanepar captará água para abastecimento da cidade.
O vereador Celso Dal Molin destacou alguns pontos que precisam de atenção dos órgãos competentes, especialmente a necessidade de campanhas de conscientização e mantem diálogo com os agricultores e avicultores da região para a preservação das águas do Rio São José, de suas fontes e da mata ciliar ao Rio, por quantos anos é garantido o abastecimento de nossa cidade garantido e se o IAP está acompanhando a parte documental da SANEPAR.
Representando as famílias atingidas pela estação de captação, o advogado Cauê de Oliveira relatou que a outorga era apenas para estudos de viabilidade e não para a construção definitiva. “As famílias que ali residem dependem para sua subsistência de atividades como suinocultura, avicultura, pecuária e plantação diversas, atividades estas que afetam diretamente a qualidade da água captada”. O advogado disse ainda que faltam os estudos de impacto prévio ambiental, impacto de vizinhança, de impacto regional, informações que já foram questionadas inclusive judicialmente.
Foram definidos como encaminhamentos: solicitar junto ao Prefeito Municipal a regulamentação da Lei Municipal dos recursos hídricos para que o Conselho Municipal de Recursos Hídricos seja instalado e comece a trabalhar; solicitar a participação do Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Baixo Iguaçu na questão da capitação de água no rio São José; regulamentação das chácaras de lazer, localizadas no entorno do rio São José; acompanhamento da Comissão de Meio Ambiente desde as fontes do rio São Jose até o ponto de captação e confrontação entre as informações prestadas pela Sanepar e pela representante da Secretaria Municipal de Saúde.