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Autismo é tema de projeto que institui Política Municipal de Proteção

O espectro autista foi um mistério para a população em geral por muitos anos. Há pouco tempo a discussão sobre o diagnóstico, tratamento e convivência familiar e social tem aparecido na mídia e no campo acadêmico.

Para tentar criar uma rede de proteção às pessoas com transtorno do espectro autista, o vereador Pedro Martendal (PSDB) propôs o Projeto de Lei 221/2013, que institui a Política Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Fruto de ampla discussão com o grupo ligado ao tema e abrangendo todos os aspectos do atendimento e das políticas públicas, o projeto pode tornar-se referência na área.

De acordo com o texto, transtorno do espectro autista é a definição geral para o grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo, as quais constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões. Engloba autismo infantil, autismo atípico, Síndrome de Rett, outros transtornos desintegrativos da infância, transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados, Síndrome de Asperger, outros transtornos globais do desenvolvimento e transtornos globais não especificados do desenvolvimento.

As principais diretrizes para a política municipal de proteção da pessoa com espectro autista são garantia da dignidade da pessoa humana, intersetorialidade nas ações e políticas, participação e controle social da comunidade na formulação de políticas públicas, atenção integral às necessidades de saúde, incluindo medicação, educação, profissionalização, qualidade de vida e estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho.

O projeto garante ainda o direito ao acesso facilitado aos atendimentos de saúde, inclusão nos programas de políticas sociais e previsão de recursos orçamentários, recursos humanos especializados em saúde mental e acompanhamento e suporte às famílias, além de diagnóstico que inclua avaliação neurológica, psicológica, fonoaudiológica, audiológica, oftalmológica, nutricional e genética em casos específicos.

O vereador justifica, “a proposição está em consonância com a Lei Federal n° 12.764, de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e incluiu as pessoas com tal característica no rol de pessoas com deficiência, tendo, portanto, as mesmas garantias e direitos”.

A Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, ratificada no Brasil pelo Decreto n° 6.949/2009, promoveu uma mudança de paradigmas em relação às pessoas com deficiência e elegeu a acessibilidade como marco para a garantia dos direitos individuais.

Esse processo é resultado do engajamento e da luta dos movimentos sociais. Em Cascavel, merece destaque o grupo de mães e profissionais da área da educação e da saúde, que tem participação efetiva na elaboração da proposição apresentada.

Regina Krauss/ Assessoria de Imprensa/CMC

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Legenda: Vereador espera que o projeto entre na pauta o mais breve possível

Foto: Flavio Ulsenheimer/Assessoria Câmara Cascavel