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Avança debate sobre a forma de gestão da Casa de Passagem

O grupo de trabalho formado para discutir o projeto de construção de uma casa de passagem indígena em Cascavel reuniu-se novamente na tarde desta sexta-feira (25/04). Desta vez a reunião aconteceu na prefeitura e pela primeira vez contou com a presença de lideranças indígenas caingangue do município de Nova Laranjeiras.

A presença dos caciques da reserva de Rio das Cobras foi motivada pelo debate sobre a proposta de gestão da Casa de Passagem. No projeto elaborado pelo Executivo, a gestão será compartilhada pelas prefeituras de Cascavel e Nova Laranjeiras junto à lideranças da terra indígena.

Para o vereador Paulo Porto (PCdoB), que representa à Câmara Municipal no comitê, a presença dos caingangue foi fundamental. "Temos que tratar com aqueles que serão um dos protagonistas e com isso conseguimos avançar no debate sobre a forma que a casa será gerida com a presença de uma família caingangue, que auxiliará na organização, na triagem e monitoramento dessas famílias que estarão em trânsito pelo município", comenta.

Além da gestão e da presença desta família caingangue no processo de organização, o comitê debateu detalhes sobre a comercialização de artesanato e das regras e normas para o espaço, entre elas relacionadas às crianças que vêm com os pais para Cascavel. "Volto a destacar a necessidade do desenvolvimento de projetos junto à reserva em Nova Laranjeiras, paralelo a construção deste espaço em Cascavel", ressalta Paulo Vallini, representante do Sindicato Rural Patronal.

Em relação ao local da construção da Casa de Passagem, o Executivo trabalha com algumas possibilidades de terrenos do município, avaliando questões ambientais e de impacto de vizinhança.

A Casa de Passagem é um projeto da Secretaria de Ação Social de Cascavel e autoridades do município de Nova Laranjeiras. Quem desenvolverá o projeto de construção será Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná). O complexo indígena está sendo projetado para ter dois módulos com capacidade para 20 pessoas cada, além de um centro de convivência, onde os indígenas poderão comercializar seus artesanatos.

Júlio Carignano / Assessoria de Comunicação / Paulo Porto