O diretor geral do Campus Cascavel do IFPR (Instituto Federal do Paraná), Luiz Carlos Eckstein, usou o espaço destinado à tribuna do povo nesta segunda-feira (1º) para pedir apoio dos parlamentares e da população e a reversão do bloqueio de 30% do orçamento das instituições federais de ensino – aproximadamente R$ 900 milhões – que representam de 37% a 42% dos recursos de custeio previstos para o funcionamento das unidades.
Os vereadores preparam uma Moção para ser encaminhada amanhã ao governo federal, deputados e senadores e também uma visita ao campus do Instituto na quarta-feira, 03 de julho. “A implantação do IFPR foi muito importante para Cascavel e na região, com a oferta dos cursos de análises químicas, Informática, licenciatura em Química, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e especialização em Educação, Tecnologia e Sociedade”, defende Alécio Espínola.
Em Cascavel, do montante de R$ 1.120.962 que estavam previstos para este ano, só R$ 706.206,06 foram liberados, ou seja, 37%. Contratos tiveram de ser suspensos, como os terceirizados de limpeza; o uso do elevador foi interrompido, impressoras e redução de material de trabalho. No segundo semestre uma paralização das aulas pode ser necessária caso não haja liberação de recursos.
Mais de 50% dos municípios brasileiros são direta ou indiretamente atendidos pelos 647 campi, além dos nove polos de inovação, implantados em 568 cidades que, aliados às vocações locais, possibilitam conquistas tecnológicas a partir do acesso às diversas modalidades da educação profissional – do ensino técnico de nível médio à pós-graduação, incluindo a formação de professores. Em muitos casos, essas instituições representam a única oportunidade de qualificação profissional da comunidade.
A Rede Federal registra cerca de um milhão de matrículas e uma relação de 23,7 alunos por professor, ultrapassando a meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Em 2018, foram 182.671 concluintes, sendo o custo anual por estudante de R$ 15.725,66, investimento que retorna à sociedade na forma de profissionais qualificados e avanços científicos.
Estão em andamento mais de 11 mil projetos de pesquisa e 6 mil de extensão tecnológica. Para além disso, olimpíadas e premiações nacionais e internacionais, bem como indicadores de qualidade, realçam a eficiência dos serviços prestados. É o caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no qual os estudantes da Rede Federal superam o rendimento dos demais sistemas educacionais em todas as edições.
A principal avaliação da educação básica do mundo – o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2015 –, aponta que, se fosse um país, a Rede Federal estaria entre os primeiros colocados nas áreas analisadas. Em Leitura, ficaria na segunda posição entre os 71 países e territórios participantes, atrás apenas de Singapura. Já em Ciências, a pontuação seria suficiente para conquistar o 11º lugar, à frente da Coreia do Sul, Estados Unidos e Alemanha. Em Matemática, a nota ultrapassou a média geral do Brasil.
Assessoria de Imprensa/CMC