Tramita na Casa o Projeto de Resolução 03/2014 que propõe a criação de uma Frente Parlamentar para propor e discutir políticas públicas para combater a violência e o uso de drogas.
A iniciativa é do vereador Fernando Winter (PTN) e conta com o apoio e assinatura dos vereadores Jaime Vasatta (PTN), Romulo Quintino (PSL), Marcio Pacheco (PPL), Pedro Martendal (PSDB), Gugu Bueno (PR) e Nei Haveroth (PSL).
A proposta prevê uma série de objetivos e ações, tais como acompanhar as políticas públicas em concepção e em execução relacionadas ao tema; monitorar a execução de planos e projetos; promover seminários e debates, bem como convidar instituições, especialistas e a sociedade civil; acompanhar, discutir e sugerir proposições legislativas; acompanhar experiências bem sucedidas conduzidas por quaisquer dos Poderes de outros municípios e por instituições públicas e privadas; solicitar estudos e informações de universidades e outras instituições e elaborar uma Carta de Princípios a serem defendidos e protocolos de intenções.
Para Fernando Winter, “o primeiro objetivo da Frente Parlamentar é se consolidar como um espaço de interlocução permanente entre parlamentares e sociedade civil, entidades organizadas, universidades e todas as pessoas interessadas no tema”.
Dados da Polícia Militar e outras instituições de combate ao tráfico e ao crime dão conta de que cerca de 80% das mortes violentas e dos crimes em geral podem estar relacionadas ao tráfico e uso de drogas em Cascavel. A cidade, que está situada em uma zona de fronteira, fica na rota do tráfico e do crime organizado pela proximidade com o Paraguai e também com as cidades da divisa entre os dois países.
De acordo com a assessoria de Polícia Militar, em 2013 foram efetuadas 755 prisões ou apreensões por tráfico de drogas e 485 de usuários de drogas. Com o aumento e intensificação do patrulhamento e do policiamento, os índices subiram de 2012 para 2013. Subiu também o volume de apreensões de drogas, tendo sido apreendidos pela PM em 2013, 352 kg de maconha, 39 kg de cocaína e 42 kg de crack.
Dentre os principais problemas percebidos pelos especialistas no assunto, estão a falta de integração de políticas municipais, estaduais e federais; a criminalização dos usuários e a falta de efetivo policial para evitar a entrada de droga no país.
Assessoria de Imprensa/CMC
