Sem qualquer justificativa, a maioria dos vereadores de Cascavel rejeitou o Projeto de Lei 3/2016, do Executivo, que declarava a irmandade entre o município e a cidade de Beitunia, na Palestina. Foram apenas seis votos favoráveis contra 13 contrários sem qualquer pronunciamento dos parlamentares que rejeitaram a proposta.
Beitunia é a maior colônia brasileira em território palestino, com cerca de 2 mil brasileiros, e a tratativa foi motivada por uma sugestão do ex-embaixador do Brasil na Palestina, Paulo França.
O projeto da Prefeitura previa cooperação nas áreas da cultura, economia, desenvolvimento local e troca de delegações de visitas. O vereador Paulo Porto (PCdoB), que esteve em novembro do ano passado em missão de solidariedade na Palestina, estranhou o resultado da votação. "O embaixador tem pedindo para federações dos municípios viabilizarem parcerias com as cidades palestinas com moradores brasileiros visando o turismo e projetos estratégicos. Porém hoje tivemos uma vitória da desinformação, do preconceito e da mediocridade desta Casa de Leis", disse Porto em plenário.
Além de Beitunia, o projeto previa irmandade com os municípios de Cascavel, no Ceará, e Saint-Hyacinthe, no Canadá. Votaram contra o projeto Aldonir Cabral (PDT), Celso Dalmolin (PR), Fernando Winter (PTN), João Paulo de Lima (PSD), Jorge Menegatti (PSC), Luiz Frare (PDT), Marcos Rios (Solidariedade), Pedro Martental (PSDB), Robertinho Magalhães (PMN), Romulo Quintino (PSL), Wanderlei do Conselho (PSC), Walmir Severgnini (Pros) e Nei Haveroth (PSL). Os favoráveis foram Claudio Gaiteiro (PSL), Jaime Vasatta (PTN), Ganso sem Limite (PSD), Jorge Bocasanta (PT), Paulo Porto (PCdoB) e Professor Paulino (PT).
(Julio Carignano/da assessoria do vereador Paulo Porto)