Um requerimento que deve ser protocolado ainda nesta semana na Secretaria da Câmara Municipal de Cascavel faz referência a um dos assuntos mais polêmicos da atualidade: O kit contra a homofobia desenvolvido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para ser distribuído a cerca de seis mil escolas do ensino médio de todo o Brasil. O material inclui cinco vídeos, folder e um guia de orientação para os professores e, de acordo com o ministério, surgiu depois da constatação de que as escolas brasileiras são ambientes hostis para homossexuais. Os alunos assistirão aos documentários em sala de aula e farão atividades que visam combater a homofobia e o bullying contra homossexuais.
O requerimento, que vai receber a assinatura do presidente Marcos Sotille Damaceno (PDT) e do vereador João Aguilar Neto (PTB), deve ser encaminhado à Secretaria Municipal de Educação solicitando que o material não seja distribuído nos educandários cascavelenses até que uma análise criteriosa do material seja feita. Os vereadores justificaram a elaboração do documento com a polêmica levantada tanto no meio político como entre as mais diferentes religiões. Algumas lideranças argumentam que o kit, ao invés de auxiliar na luta contra o preconceito, pode estimular crianças e adolescentes ao homossexualismo.
O presidente Marcos Damaceno adiantou que a análise do material a ser distribuído pelo MEC fique a cargo da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara, com auxílio de especialistas no assunto e entidades representativas da sociedade, além de representantes políticos e religiosos. “Ainda não sabemos qual o conteúdo desse kit. Não pretendemos censurar ou simplesmente proibir a veiculação nas escolas. Precisamos dessa análise profunda para que possamos nos posicionar a respeito”, frisou o vereador João da Tropical, que faz parte como secretário da Comissão de Educação do Legislativo ao lado de Marcos Rios (presidente) e Luiz Amélio Burgarelli (membro).
O requerimento deve ser colocado em votação na sessão da próxima terça-feira.



LEGENDA
Damaceno e João da Tropical discutiram o teor do requerimento nesta quinta-feira

CRÉDITO
Lorena Manarin/Ass. Imp.