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Cascavel registra média superior ao resto do país em número de casos de Aids/HIV

Nesta segunda-feira (30), a coordenadora do Cedip, Josana Dranka, participou da sessão conversando com os vereadores a respeito do trabalho feito pelo órgão na prevenção ao HIV/Aids no município e falou sobre preconceito, diagnóstico e prevenção. Em Cascavel, o Cedip (Centro Especializado em Doenças Infecciosas e Parasitárias), presta assistência às pessoas que tem o diagnóstico de HIV, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis e infectologia geral e também realiza trabalhos de prevenção, com palestras e testes. O convite para a profissional foi feito pelo vereador Serginho Ribeiro (PDT).

Segundo ela, os últimos dados sistematizados mostram que a taxa de detecção de casos de Aids no período de 2010 a 2018 em Cascavel sempre esteve acima das médias nacionais e estaduais. Em 2018, por exemplo, a cidade registrou 24,7 casos a cada 100 mil habitantes enquanto a média do Paraná foi de 16,6 e do Brasil de 17,8. Segundo Josana, “a localização de Cascavel na área de fronteira, com grande circulação de pessoas e altos índices relacionados ao tráfico e consumo de drogas e ainda de prostituição, favorecem a contaminação”. A coordenadora destaca, porém, que as políticas públicas de detecção e tratamento são fundamentais, uma vez que, sem testes, não há casos. Em Cascavel, a oferta de testes de HIV no período de 2010 a 2019 aumentou em 131%.

Em Cascavel, o maior número de casos de Aids está na população com idade entre 20 a 34 anos, que representam 50,25% dos casos e de 35 a 49, com 29,04%. Hoje, 36,6% dos casos registrados com HIV/Aids são mulheres e 63,4% são homens. Nos últimos três anos, o grupo que se mostrou mais vulnerável foi o de jovens de 15 a 24 anos, o que mostra que as ações educativas e de conscientização devem ser constantes. Os heterossexuais representam 60,61% dos casos, os homossexuais, 26,97%, os bissexuais 8,61% e transmissão vertical (de mãe para filho), 0,5% e não informado, 3,27%.

Para a coordenadora do Cedip, os principais desafios para enfrentamento epidemia HIV/Aids/IST é entender a questão como um problema de todos, trabalhar todas as formas de prevenção de infecções sexualmente transmissível sem tabu ou preconceito, fazer a informação chegar a adolescentes e jovens, que têm início precoce do uso de álcool, drogas e vida sexual com pouca percepção de risco, debater o assunto de forma clara e objetiva, campanhas de prevenção especialmente para população como maior vulnerabilidade e garantir que medidas adotadas de prevenção não sejam esquecidas.

Prevenção combinada
A principal medida para evitar a transmissão de HIV no Brasil, considerando que a transmissão em larga escala é sexual, é o uso de preservativo, masculino e feminino, associado com gel lubrificante. Outro fator importante para a queda no número de transmissões é a oferta de testes para que as pessoas contaminadas pelo HIV saibam da sua condição e possam iniciar o tratamento rapidamente. Estão disponíveis ainda os métodos de prevenção chamados de Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e Profilaxia Pré-Exposição (PREP), com o uso de medicamentos que impedem que o vírus se instale no organismo, além de imunização para HBV e HPV e ações de redução de danos. Para as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) é importante fazer uso de antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

Onde fazer teste HIV, sífilis e hepatite B e C?

Os testes podem ser feitos no CEDIP, às segundas, terças e quartas das 7h as 12h (orientação e testagem) e quinta feira das 7h às 17h e também nos serviços de saúde em geral, Unidades de Saúde e convênios de saúde, através de solicitação médica.


Informações podem ser obtidas da seguinte maneira:
R. Cuiabá, 2340 - Ciro Nardi
Fone: (45) 3902 1722 3392 6420
Email: cedip@cascavel.pr.gov.br
Facebook: https://pt-br.facebook.com/cedipcascavel

Mais informações: www.aids.gov.br

Assessoria de Imprensa/CMC