Não precisou de uma hora de discussão na manhã desta quarta-feira (13) para que vereadores chegassem a um consenso sobre os nomes que vão conduzir a CPI das Pedras (Comissão Parlamentar de Inquérito). Os 19 vereadores que participaram da reunião decidiram que Paulo Porto (PCdoB) será o relator, desde que retire o nome da lista de proponentes da CPI. Paulo Bebber (PR) será membro e Claudio Gaiteiro (PSL) presidirá o inquérito.
Esperava-se mais polêmica em torno da definição, porém houve equilíbrio durante o debate e cada um dos blocos de oposição, situação e independentes acabou representado. Resta agora a formalização da nomeação da Comissão Parlamentar de Inquérito – o que deve ocorrer amanhã (14) para que se início à apuração do caso que envolve a retirada de pedras da BR 163 para utilização na ampliação do Aeroporto de Cascavel.
O bloco de oposição ficou representado por Paulo Porto (PCdoB) e tem como integrantes Jorge Bocasanta (PT), João Paulo (PSD), Ganso sem Limite (PSD), Walmir Servegnini (PSD), Vanderlei do Conselho (PSC) e Jorge Menegatti (PSC). Claudio Gaiteiro (PSL) representará o bloco da situação, que é composta pelos vereadores Aldonir Cabral (PDT), Gugu Bueno (PR), Luiz Frare (PDT), Ney Haveroth (PSL), Romulo Quintino (PSL) e Pedro Martendal (PSDB). Os vereadores independentes são Jaime Vasata (PTN), Fernando Winter (PTN), Robertinho Magalhães (PMN), Marcos Rios (PDT) e Rui Capelão (PPS). Esses são representados na CPI por Paulo Bebber (PR).
O CASO
A polêmica começou no início de 2013 quando surgiram denúncias de que a Prefeitura de Cascavel estaria retirando pedras de um trecho inutilizado da BR 163 para aplicá-las em obras de ampliação do Aeroporto de Cascavel.
Diante de acusações de furto do material – já que não existem autorizações do Dnit ou DER à extração das pedras – os vereadores Paulo Porto (PCdoB) e Jorge Bocasanta (PT) propuseram uma audiência do secretário de Obras em sessão plenária para esclarecer o fato.
Ao ser questionado, o próprio secretário Maurício Theodoro confirmou que havia uma solicitação em andamento aos órgãos responsáveis, mas que em razão da necessidade emergencial de conclusão da obra antecipou o processo sem ter em mãos a devida documentação.
“Entendíamos que as negociações com o DER sobre a autorização estavam adiantadas e o DER entendia que essa estrada pertencia a ele. O compromisso que a cidade tinha de receber bem a comitiva da presidente Dilma, além de outros voos previstos para o Show Rural nos levou a decidir que não haveria problema em adiantar o processo ante a formalização da autorização”, explicou Maurício Theodoro.
Para os vereadores de oposição, a afirmação do secretário serviu como ‘confissão’ e foi quando decidiram pela instauração da CPI.
LEGENDA:
Paulo Porto abriu mão de assinar a proposição da CPI, mas garantiu a oposição na relatoria do inquérito
FOTO:
Flávio Ulsenheimer/Assessoria da Câmara
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