Três ofícios elaborados pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal buscam obter mais informações sobre as circunstâncias envolvidas na ordem que o Hospital Nossa Senhora da Salete recebeu para desocupar o imóvel alugado na rua Carlos de Carvalho, no centro. A ação foi anunciada nesta quinta-feira (11) em coletiva à imprensa convocada pelo presidente da Comissão, vereador Josué de Souza (PTC).
Participaram da coletiva, pela Comissão, o secretário Romulo Quintino (PSL), e a assessoria do vereador Jorge Bocasanta (PROS), além do vereador Parra (MDB) e do presidente da Câmara, Alécio Espínola (PSC). Josué dos Santos disse que a primeira expectativa da Comissão é que a direção do hospital e a família proprietária do imóvel cheguem a um entendimento que permita a continuidade do funcionamento. “Não tem como fechar esse hospital se lá na UTI, que tem 23 leitos, tiver que desligar os aparelhos dos pacientes que estão entubados e jogar esse pessoal para outro lugar, correndo o risco de alguém vir a óbito”, afirmou o vereador.
O hospital, que é referência regional em atendimento de alta complexidade na área de cardiologia e também realiza transplantes renais, atua há 62 anos e hoje atende cerca de 16 mil pacientes por mês. A instituição atende a população pelo SUS e também os servidores do Estado pelo SAS.
O primeiro dos ofícios é para o secretário municipal de Saúde, Rubens Griepp, e pede que ele esclareça qual é a importância do Hospital Salete para a saúde pública em Cascavel. O segundo tem o mesmo teor, mas se dirige à 10ª Regional de Saúde, que regula os leitos hospitalares em Cascavel. Por fim, o terceiro ofício é para o diretor do Hospital e pede que seja esclarecido o verdadeiro teor da ação judicial, já que há informações conflitantes circulando nos meios de comunicação e nos bastidores. “Com base nessas informações, vamos buscar soluções em Curitiba, junto ao governo estadual e, se necessário, até uma saída mais radical pela Prefeitura, que seria a utilidade pública”, concluiu Josué.
Assessoria de Imprensa/CMC