Diante de algumas contradições durante depoimentos prestados ao Conselho de Ética da Câmara Municipal de Cascavel, os vereadores pretendem realizar uma acareação entre algumas testemunhas ouvidas até aqui no processo de investigação de quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Mário Seibert (PMDB). Nesta quarta-feira (01), os integrantes do conselho tomaram o depoimento do assessor parlamentar Aguinaldo Carvalho, que seria sócio do vereador em um empreendimento na capital paulista. Carvalho afirmou que o ex-vereador Marcos Rios, ouvido na semana passada, esteve acompanhando os dois em uma das viagens a São Paulo, mas que não estava na ocasião do assalto, quando teriam sido roubados R$ 200 mil. Em seu depoimento, Marcos Rios disse que não viajou a São Paulo.
Aguinaldo Carvalho confirmou praticamente todas as informações prestadas ao conselho pelo vereador Mário Seibert. Disse que R$ 120 mil eram seus e R$ 80 mil do vereador, que teria emprestado grande parte dos recursos do secretário de Obras de Cascavel, Cléverson Tomé. Afirmou que o dinheiro seria aplicado na compra dos direitos de uma terceirização para efetuar serviços de limpeza nas margens do Rio Tietê.
Em contrapartida, disse que não se recorda os nomes da empresa que estaria comercializando esse direito e de seus representantes. “Uma pessoa conhecida apenas como Zezinho intermediou a negociação, mas já é falecido”, afirmou.
Ainda nesta quarta-feira os vereadores tomaram o depoimento da diretora do departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, Denise Vieira de Noronha, que esclareceu detalhes sobre o processo de liberação de empréstimos para funcionários públicos. Os vereadores consideravam oportunas as explicações pelo fato de a esposa do vereador, Marilei Seibert, ter contraído empréstimo consignado com desconto no salário que recebia enquanto diretora da Secretaria de Cultura.
Os vereadores que compõem o Conselho de Ética, Jorge Lauxen (presidente), Otto dos Reis Filho (relator), Leonardo Mion (secretário), e Seno Rhoden e Soni Lorenzi (membros) devem agendar nova reunião para os próximos dias para discutir a realização da acareação.
LEGENDA
Aguinaldo Carvalho durante depoimento ao Conselho de Ética da Câmara
CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.
