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CPI da Saúde: Coordenadoras das UPAs são ouvidas por vereadores

Uma nova sessão de oitivas foi realizada nesta quinta-feira (24) pela CPI da Saúde. Desta vez os vereadores ouviram as coordenadoras da UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), Noemi Garcia Moraes, coordenadora da UPA I, Angela Valcanover Toldo, coordenadora da UPA II, Tânia Almeida de Oliveira, coordenadora da UPA Pediatria e Clair Wagner Riboldi, coordenadora geral das UPAs.

Os questionamentos de Gugu Bueno (PR), João Paulo (PSD) e Jaime Vasatta (PTN) versaram sobre os principais problemas relatados à Comissão durante as reuniões itinerantes e as visitas aos locais de atendimento. As coordenadoras foram questionadas a respeito dos horários, horas-extras e cartões-ponto dos médicos, dificuldade em transferir pacientes para os leitos, demora no atendimento e funcionamento geral das UPAs.

Tânia de Oliveira, da UPA Pediatria, esclareceu que são atendidos em média 7 mil pacientes/mês e as maiores dificuldades encontradas são a estrutura física do prédio e a falta de médicos pra cumprir a escala. Atualmente são quatro profissionais atendendo. Segundo ela, a contratação de um quinto ou sexto médico solucionaria uma parte importante dos problemas.

Sobre a Central de Leitos, de responsabilidade da 10ª Regional de Saúde, Tania, assim como as demais coordenadoras, reclamou da dificuldade encontrada frequentemente na transferência de pacientes, “o paciente deve ficar por até 24 horas na UPA, que é para emergências, mas alguns pacientes chegam a ficar 15 dias esperando”, afirma ela.

Já a coordenadora da UPA II, Angela Toldo, quando questionada sobre as denúncias de que os médicos estariam fazendo descansos “longos demais”, afirmou existir um acordo entre estes e a coordenação clínica para que os profissionais descansassem 15 minutos a cada seis pacientes atendidos por hora. Noemi Morais, coordenadora da UPA I afirmou que servidores relapsos são exceção e quando necessário, é feita uma notificação ao departamento de Recursos Humanos, procedimento confirmado por Clair Riboldi.

Sobre a série de denúncias, feitas à CPI, de que um número crescente de pacientes tem morrido dentro das UPAs, Clair, responsável geral, fez a ressalva de que “existem vários motivos que levam a morte dos pacientes, pode ser demora de internação, o paciente pode já ter chegado à UPA em estado grave e existe ainda a chance de que isso ocorra na transferência para um leito ou pela falta de mudança rápida para um hospital”.

No dia 1º de novembro, das 9h às 11h30, serão ouvidos pela CPI os médicos, José Ernesto Correa da Conceição, Rodrigo Bevilacqua Frota, Rodrigo Guimarães Mesquita, Eudócio Cabreira Bittencourt e Evandro Luís da Rosa.

Regina Krauss/Assessoria de Imprensa/CMC

10458028903 9d652968ca oLegenda: Vereadores confrontaram depoimentos de hoje com oitivas anteriores

Foto: Flavio Ulsenheimer/Assessoria Câmara Cascavel