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CPI da Saúde questiona responsáveis pelas obras da UPA III do jardim Veneza

Os vereadores que compõe a CPI da Saúde (Comissão Parlamentar de Inquérito) realizaram duas oitivas durante da tarde desta quinta-feira (3) para ouvir os responsáveis pelas obras da UPA III, localizada no Jardim Veneza.

Foram inqueridos o proprietário da empresa Metrosul, Amilto Falchembak, e o engenheiro responsável pela obra, Marcelo Carneiro. O depoimento do fiscal da prefeitura, Silvio Taddeu de Carvalho Torres, que havia sido convocado para hoje, foi reagendado para amanhã, sexta-feira, às 10h30. O secretário de saúde, Reginaldo Andrade, que era esperado também para amanhã, teve seu depoimento adiado para segunda-feira (7) às 15h.

De acordo com os depoentes desta quinta, a obra foi entregue em total acordo tanto com os termos da licitação quanto com as planilhas da obra. Os vereadores questionaram principalmente a conformidade dos materiais utilizados com aqueles previstos no projeto e o excessivo número de infiltrações e rachaduras no prédio. Falchemback responsabilizou os atos constantes de vandalismo que causaram perfurações de calhas e quebra de telhas ocorridas desde a entrega do prédio, há 10 meses. Também sobre a data correta da entrega, houve desacordo entre as afirmações dadas pela empresa e aquelas contidas nos relatórios obtidos pela CPI junto à prefeitura.

O engenheiro responsável reafirmou a conformidade da obra com o que foi solicitado pela prefeitura, “a empresa usou a melhor técnica possível e disponível na construção”. Marcelo também explicou que no caso de alguns problemas sobre os quais foi questionado, como rachaduras e quebraduras em janelas, seria necessário que a Metrosul analisasse o projeto entregue a eles, para que pudesse ser feita a avaliação dos cálculos estruturais.

A CPI recebeu muitas reclamações da comunidade e agora investiga se as denúncias procedem. Gugu Bueno, presidente da Comissão acredita que as oitivas foram produtivas, “ainda que algumas informações tenham sido contraditórias e precisem ser confrontadas com os dados oficiais relativos à obra”. Gugu também lembrou que se houver qualquer irregularidade, os responsáveis serão investigados e responsabilizados de acordo com o que prevê a lei.

A UPA III
A Unidade de Pronto Atendimento fica na região Sul e possui 2 mil metros quadrados, com capacidade para atender até 500 pessoas por dia, funcionando 24 horas.

A obra custou cerca de R$ 3 milhões, sendo metade dos recursos destinados pela União e o restante de responsabilidade do Município. Os aparelhos necessários para que a UPA comece a funcionar devem ser destinados pelo Ministério da Saúde e somam R$ 500 mil.

Regina Krauss/ Assessoria de Imprensa/CMC

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Legenda: Vereadores ouvem proprietário da empresa Metrosul

Foto: Flavio Ulsenheimer/ Assessoria Câmara Cascavel