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CPI da Saúde visita a UPA I e Hospital Universitário

Nesta quinta-feira (05), os vereadores da CPI da Saúde, Gugu Bueno (PR), João Paulo (PSD) e Jaime Vasatta (PTN) visitaram a UPA I (Unidade de Pronto Atendimento) e o Hospital Universitário.

Na UPA os vereadores encontraram 46 pessoas internadas. Destes pacientes, 15 esperavam por uma vaga disponibilizada através da Central de Leitos e um paciente estava no sistema de vaga zero, ou seja, com direito legal ao atendimento emergencial mesmo sem vagas disponíveis. No entanto, por falha de comunicação, o paciente não estava na lista da Central.

O presidente da CPI, Gugu Bueno, afirma perceber um jogo de transferência de responsabilidades. Os responsáveis pelas UPAS afirmam que faltam leitos nos hospitais e estes, por sua vez, colocam a culpa na falta de triagem de pacientes nas Unidades Básicas e de Pronto Atendimento. Segundo ele, “não importa de quem é a culpa, nós queremos encontrar soluções”. Conforme assegura o vereador, novas visitas serão realizadas e também novas oitivas.

Após vistoriar a UPA I, a Comissão dirigiu-se ao Hospital Universitário. No local, os vereadores encontraram cerca de 40 pacientes no corredor, muitos deles precisando de atendimento emergencial. Em conversa com a direção do hospital, os vereadores da CPI da Saúde da Câmara e o representante da CPI do SUS na Assembleia do Paraná, Leonaldo Paranhos, pediram que a direção se comprometesse com a disponibilização de mais médicos ortopedistas, tendo em vista que muitas reclamações chegaram à CPI por conta da falta de profissionais desta especialidade.

O diretor administrativo do HU, Edison Luiz Leismann, explicou que há apenas um médico ortopedista de plantão. Segundo ele, “o HU está em negociação para aumentar o valor pago pelo plantão, situação que já deve ser resolvida em dezembro. Em janeiro teremos dois médicos atendendo”. Leismann afirmou ainda que atualmente, o maior problema é o grande fluxo de pacientes com problemas de baixa complexidade enviados ao HU, “nós somos um hospital que custa caro, porque atende alta complexidade, não conseguimos dar conta de atender o excesso de pacientes que chega todos os dias, o encaminhamento de casos de baixa complexidade atrapalha muito”.

Para o deputado estadual, Leonaldo Paranhos (PSC), existe falta de comunicação entre as diferentes instâncias da saúde. Paranhos ressaltou também que o secretário de saúde do Paraná, Michele Caputo dispõe de dinheiro suficiente para resolver a questão. Quando perguntado pela imprensa do motivo pelo qual poucos pacientes do SUS são encaminhados aos hospitais particulares credenciados ao SUS, como o São Lucas, por exemplo, o deputado afirmou que ”valeria uma visita da CPI a estes hospitais para ver o que acontece”.

Regina Krauss/Assessoria de Imprensa/CMC

CPI Saúde - HU 05-12-2013 05

Legenda: Diretor Administrativo responde questionamentos da imprensa e CPI
Foto: Flavio Ulsenheimer/Assessoria da Câmara Cascavel