O principal foco das oitivas da CPI do Cisop realizadas nesta quarta-feira (23) foi a contratação de funcionários pelo consórcio e o modelo de gestão de recursos humanos e financeiros. Os vereadores Romulo Quintino, Jorge Bocasanta e Jaime Vasatta queriam tirar a limpo as denúncias recebidas pela comissão de que há apadrinhamento na escolha de funcionários e estagiários pertencentes ao município onde o diretor do Cisop, Darci Tirelli, é prefeito.
A CPI recebeu documentos que comprovam que Milaine Koprowski, sobrinha de Tirelli e estudante de Direito, estaria registrada em dois estágios simultâneos: no consórcio e na AGU (Advocacia Geral da União). Os vereadores encontraram ainda a assinatura de Milaine em livros de Direito da biblioteca do Cisop – comprados com dinheiro público – e que seriam aproveitados para uso pessoal da estagiária.
Pela manhã, foram ouvidos Julia Cristina Tobaldini, funcionária, Maria do Carmo Santana, técnica de enfermagem e Gisele Maffessoni, gerente de produção médica. O médico Ricardo Araújo foi convocado e não compareceu. Será convocado novamente e caso não compareça a CPI pode determinar sua condução coercitiva.
De acordo com Julia Tobaldini, sua função atualmente é no setor financeiro, mas a mudança ocorreu sem que fosse consultada. A funcionária está há seis anos no consórcio e trabalhava no agendamento de consultas, “nunca recebi nenhuma reclamação do meu trabalho, no entanto, fui substituída sem aviso por um estagiário, que é de Diamante do Sul”.
Jaime Vasatta perguntou à Julia a respeito dos equipamentos que a comissão encontrou parados no consórcio, incluindo eletromiógrafo, autoclave, aparelho de eletroencefalografia, Holter cardíaco e outros, comprados em 2012 por mais de R$ 130 mil e encaixotados. “Por que estão sendo pagas empresas contratadas para fazer exames que poderiam ser feitos com estes equipamentos?”. A funcionária respondeu apenas que “exames que não são pagos pelo SUS, são repassados via boleto ao município ou à custa do próprio paciente”.
Antonio Kulser explanou a atual situação do consórcio, que não possui dívidas, mas precisa receber de volta os recursos repassados ao SIM/PR, suprindo o atraso de verbas federais. Segundo eles, alguns municípios atrasam suas parcelas por um, dois ou três meses. Cascavel, no entanto, repassa em dia sua cota.
Das testemunhas convocadas para esta tarde, apenas a gerente de RH, Simeli Testa, compareceu. A sobrinha de Tirelli, Milaine Koprowski, não foi encontrada para convocação, Renato Tonidandel será ouvido amanhã e Roberto Silva, do consórcio de saúde de Umuarama, não pode comparecer, mas prestará todas as informações solicitadas pela CPI.
O relator da comissão, Jorge Bocasanta, questionou Simeli acerca do ponto dos médicos, especialmente daqueles ligados à Secretaria de Saúde de Cascavel. “Quero o relatório do ponto e das consultas destes médicos, pois recebemos denúncias de que estariam recebendo de ambos os órgãos, Cisop e prefeitura”, cobrou.
Os vereadores queriam saber como é feita a contratação de funcionários e estagiários, tendo em vista que muitos destes últimos são de Diamante do Sul, onde Tirelli é prefeito.
Ao final das oitivas, Jorge Bocasanta comentou as declarações das testemunhas, “escutamos as pessoas dizendo que não sabem de nada, que não é com elas, enquanto isso o povo humilde sai às de madrugada, fica sem comer o dia inteiro, para fazer uma consulta de dois minutos”.
Assessoria de Imprensa/CMC
CPI do Cisop apura denúncias de nepotismo e favorecimento
O principal foco das oitivas da CPI do Cisop realizadas nesta quarta-feira (23) foi a contratação de funcionários pelo consórcio e o modelo de gestão de recursos humanos e financeiros. Os vereadores Romulo Quintino, Jorge Bocasanta e Jaime Vasatta queriam tirar a limpo as denúncias recebidas pela comissão de que há apadrinhamento na escolha de funcionários e estagiários pertencentes ao município onde o diretor do Cisop, Darci Tirelli, é prefeito.
A CPI recebeu documentos que comprovam que Milaine Koprowski, sobrinha de Tirelli e estudante de Direito, estaria registrada em dois estágios simultâneos: no consórcio e na AGU (Advocacia Geral da União). Os vereadores encontraram ainda a assinatura de Milaine em livros de Direito da biblioteca do Cisop – comprados com dinheiro público – e que seriam aproveitados para uso pessoal da estagiária.
Pela manhã, foram ouvidos Julia Cristina Tobaldini, funcionária, Maria do Carmo Santana, técnica de enfermagem e Gisele Maffessoni, gerente de produção médica. O médico Ricardo Araújo foi convocado e não compareceu. Será convocado novamente e caso não compareça a CPI pode determinar sua condução coercitiva.
De acordo com Julia Tobaldini, sua função atualmente é no setor financeiro, mas a mudança ocorreu sem que fosse consultada. A funcionária está há seis anos no consórcio e trabalhava no agendamento de consultas, “nunca recebi nenhuma reclamação do meu trabalho, no entanto, fui substituída sem aviso por um estagiário, que é de Diamante do Sul”.
Jaime Vasatta perguntou à Julia a respeito dos equipamentos que a comissão encontrou parados no consórcio, incluindo eletromiógrafo, autoclave, aparelho de eletroencefalografia, Holter cardíaco e outros, comprados em 2012 por mais de R$ 130 mil e encaixotados. “Por que estão sendo pagas empresas contratadas para fazer exames que poderiam ser feitos com estes equipamentos?”. A funcionária respondeu apenas que “exames que não são pagos pelo SUS, são repassados via boleto ao município ou à custa do próprio paciente”.
Antonio Kulser explanou a atual situação do consórcio, que não possui dívidas, mas precisa receber de volta os recursos repassados ao SIM/PR, suprindo o atraso de verbas federais. Segundo eles, alguns municípios atrasam suas parcelas por um, dois ou três meses. Cascavel, no entanto, repassa em dia sua cota.
Das testemunhas convocadas para esta tarde, apenas a gerente de RH, Simeli Testa, compareceu. A sobrinha de Tirelli, Milaine Koprowski, não foi encontrada para convocação, Renato Tonidandel será ouvido amanhã e Roberto Silva, do consórcio de saúde de Umuarama, não pode comparecer, mas prestará todas as informações solicitadas pela CPI.
O relator da comissão, Jorge Bocasanta, questionou Simeli acerca do ponto dos médicos, especialmente daqueles ligados à Secretaria de Saúde de Cascavel. “Quero o relatório do ponto e das consultas destes médicos, pois recebemos denúncias de que estariam recebendo de ambos os órgãos, Cisop e prefeitura”, cobrou.
Os vereadores queriam saber como é feita a contratação de funcionários e estagiários, tendo em vista que muitos destes últimos são de Diamante do Sul, onde Tirelli é prefeito.
Ao final das oitivas, Jorge Bocasanta comentou as declarações das testemunhas, “escutamos as pessoas dizendo que não sabem de nada, que não é com elas, enquanto isso o povo humilde sai às de madrugada, fica sem comer o dia inteiro, para fazer uma consulta de dois minutos”.