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CPI constata problemas e estuda pedir o afastamento da diretoria do Cisop

Em andamento na Câmara de Vereadores de Cascavel, a CPI do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) estuda a possibilidade de pedir judicialmente o afastamento do presidente do Consórcio, Darci Tirelli, e do diretor administrativo Airton Simonetti.
Esta possibilidade ganhou força depois de uma visita que os vereadores Romulo Quintino e Jaime Vasatta fizeram na manhã de hoje ao Cisop, quando foram constatadas uma série de irregularidades e o “claro beneficiamento” de alguns profissionais. A decisão de fazer esta visita surpresa surgiu após o recebimento de denúncias feitas por usuários do sistema.
O primeiro problema foi encontrar uma série de equipamentos, incluindo eletromiógrafo, autoclave, aparelho de eletroencefalografia, Holter cardíaco e outros, comprados em 2012 por mais de R$ 130 mil e encaixotados, sem uso até agora. Enquanto esses equipamentos continuam guardados e ficando obsoletos, o Cisop prossegue pagando clínicas particulares pelos exames dos pacientes que precisam de atendimento especializado.
Com relação aos estagiários, a denúncia foi no sentido de haver favorecimento aos estudantes de Diamante do Sul, cidade onde o presidente do Cisop é prefeito. Quintino e Vasatta conversaram com quatro deles e todos, atualmente morando em Cascavel, são oriundos de Diamante do Sul.

LIVROS E IMPRENSA

Outro problema levantado foi a aquisição de obras básicas de Direito, favorecendo a ex-estagiária Mirlaine Koprowski, que seria sobrinha de Tirelli, Adquiridos e pagos pelo Cisop, os livros têm anotações demonstrando que eram utilizados pela jovem, acadêmica de Direito da Univel. “Trata-se de usar a estrutura e as verbas do Cisop em benefício próprio”, apontam os vereadores.
A CPI do Cisop já ouviu os profissionais médicos e amanhã (23) serão feitas as oitivas do pessoal administrativo do Consórcio. Até agora foi constatado, por exemplo, que na área de ortopedia um único profissional tem realizado até 800 consultas por mês, com duração média de dois a três minutos cada, enquanto os demais fazem em torno de 200 consultas por mês.
A CPI também questiona a contratação de uma empresa responsável pela assessoria de imprensa do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná, pelo valor de R$ 7 mil por mês, sem a necessidade de cumprir expediente. “Não seria mais adequado contratar um profissional pagando o piso de jornalista, inferior a R$ 3 mil, que dedicasse mais tempo ao serviço”, questiona Romulo Quintino.
(Assessoria de Imprensa/CMC)