Na manhã desta quarta-feira (29), o inquérito realizado pela CPI das Pedras (Comissão Parlamentar de Inquérito) tinha o intuito de ouvir novamente os depoentes da primeira oitiva. A única informação nova veio, porém, do depoimento de Silvino Silveira Gomes, funcionário da propriedade rural onde o maquinário ficava guardado. Silvino afirmou que viu os caminhões que transportavam as pedras descarregando uma parte da carga na Expovel e depois seguindo para o aeroporto. O relator, Paulo Porto (PCdoB), afirma que a hipótese levantada pelo agricultor precisa ser investigada.
Os depoimentos foram tomados em sessão aberta, no plenário da Câmara de Cascavel, corrigindo o equívoco cometido na primeira audiência, ocasião em que a oitiva realizou-se a portas fechadas, não permitindo publicidade do ato público. No entanto, os vereadores responsáveis pela comissão não obtiveram nenhuma informação nova dos servidores Ivan Serafim Borges, Valdecir Silva, Agnaldo Pereira de Carvalho e Dirceu Silva, que pediram apenas a ratificação das falas que já constavam nos autos da primeira oitiva.
O próximo a depor, no dia 07 de junho, às 8h, é o vice-prefeito e secretário de obras, Maurício Teodoro. Segundo Claudio Gaiteiro (PSL), após finalizar os inquéritos, a CPI pretende entregar o relatório até 10 de junho, cerca de dois meses antes do prazo final.
O caso
O caso começou no início de 2013, quando surgiram denúncias de que a Prefeitura de Cascavel estaria retirando pedras de um trecho inutilizado da BR 163 para aplicá-las em obras de ampliação do Aeroporto de Cascavel.
Diante de acusações de retirada do material sem a devida autorização do Dnit ou DER, os vereadores Paulo Porto (PCdoB) e Jorge Bocasanta (PT) propuseram uma audiência do secretário de Obras em sessão plenária para esclarecer o fato.
Ao ser questionado, o próprio secretário Maurício Theodoro confirmou que havia uma solicitação em andamento aos órgãos responsáveis, mas que em razão da necessidade emergencial de conclusão da obra antecipou o processo sem ter em mãos a devida documentação autorizando. As declarações motivaram a instauração da CPI, que tem como presidente o vereador Claudio Gaiteiro (PSL), relator Paulo Porto (PCdoB) e secretário Paulo Bebber (PR).
Regina Krauss | Assessoria de Imprensa | CMC
Legenda: Vereadores responsáveis pela Comissão
Foto: Flávio Ulsenheimer/ Assessoria Câmara Municipal