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Crescimento da Unioeste é evidenciado na Câmara

Atendendo solicitação da Comissão de Educação da Câmara de Cascavel, o professor Luiz Fernando Reis, presidente da Adunioeste (Sindicato dos Docentes da Unioeste), esteve nesta terça-feira (1/8) no retorno das sessões ordinárias do Legislativo para falar sobre o panorama do ensino superior público frente aos ataques de setores do Governo Beto Richa (PSDB) que apontam as universidades como um "custo" e não como um investimento.

O convite da Comissão de Educação foi motivado por cálculos equivocados do Tribunal de Contas do Estado sobre o custo dos alunos das IEES. "Esse cálculo que beirou uma fraude e que apontou que um aluno da Unioeste custaria R$ 15 mil não considerou o financiamento dos alunos do primeiro ao último ano do curso e tampouco os recursos pra pesquisa e extensão. Se consideramos o cálculo real veremos que um estudante da Unioeste tem um custo médio de pouco mais de R$ 2 mil, valor bem menor que o custo de um preso para o Estado", apontou Luiz Fernando.

O docente apresentou dados que evidenciam os benefícios culturais, sociais e econômicos promovidos pela Unioeste, destacando seu papel fundamental na melhoria de índices sociais, econômicos e educacionais. Mesmo com dificuldades de cortes de recursos e investimentos, a Unioeste cresceu nos últimos 10 anos em número de matrículas, cursos ofertados e formação de mestres e doutores, tornando-se a terceira maior universidade do Estado e 36ª do país, segundo índice do Ministério da Educação.

Esse resultado, segundo o professor Luiz Fernando, é fruto do trabalho de professores, servidores e estudantes e seu crescimento reflete no desenvolvimento econômico e social de toda região Oeste do Paraná. O retorno que a universidade traz à comunidade foi um dos temas abordados pelo representante sindical.

Ele apresentou números sobre atendimentos na área da saúde prestados de forma gratuita pelo Hospital Universitário e as clínicas de Odontologia e Fisioterapia da Unioeste. Somente em 2016 o HUOP realizou 389 mil exames laboratoriais, 36 mil consultas no ambulatório, 31 mil consultas no pronto socorro da unidade e 40 mil exames. Além disso foram mais de 5 mil cirurgias, 3,3 mil partos e 615 curetagens. Em relação as clínicas, a odontológica atendeu mais de 51 mil pessoas no ano passado e o centro de reabilitação física do curso de fisioterapia atendeu outras 32 mil em 2016.

Para concluir, o presidente da Adunioeste destacou que o investimento no ensino superior público é rentável do ponto de vista social e econômico, como aponta estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). "A cada R$ 1 real investido no aluno há um retorno de R$ 1,85 por meio de renda gerada, moradia, projetos, etc. Desse recurso o governo arrecada R$ 0,65 centavos e o restante permanece à sociedade, ou seja, a universidade não é um custo, mas sim um investimento".

Audiência

Presidente da Comissão de Educação, o vereador Paulo Porto (PCdoB) destaca que a presença da Adunioeste foi fundamental para o esclarecimento de dúvidas junto aos vereadores e a sociedade civil. "Há uma campanha difamatória contra a Unioeste de setores privatistas que apostam na desinformação para desqualificar o serviço prestado pela Unioeste. A fala do professor na Câmara demonstrou de forma cabal como nossa universidade é importante na perspectiva da criação de políticas públicas e de uma educação de qualidade voltada a quem mais necessita", comentou Porto, citando como exemplo as cotas sociais e indígenas na instituição e o ingresso de estudantes por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

O vereador adiantou que pretende discutir junto a deputados estaduais, especialmente da Frente Parlamentar de Defesa da Educação Pública da Assembleia Legislativa, a realização de uma Audiência Pública em Cascavel tendo como tema a Unioeste e o ensino superior do Paraná. "É preciso ampliar esse debate e fortalecer a defesa da Unioeste. Defender nossa universidade é defender a sociedade de Cascavel".

Assessoria do vereador Paulo Porto