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​​Curso de atendimento às pessoas com deficiência mobiliza servidores da Câmara

No terceiro e último dia do curso ‘Como se relacionar com a pessoa com deficiência: aprendendo Braille”, os servidores da Câmara decidiram colocar em prática seus conhecimentos e promover uma pequena, mas efetiva, mudança no seu espaço de trabalho tornando o Legislativo mais acessível. Com a orientação do professor Ivã José de Pádua, da Unioeste, os alunos instalaram a sinalização em Braille dos gabinetes, salas e espaços comuns do prédio. A partir de agora as pessoas cegas poderão se locomover melhor com e com mais autonomia pela Câmara.

O curso está sendo ofertado pela Escola do Legislativo da Câmara em parceria com o Programa de Educação Especial da Unioeste, com intermediação do mandato do vereador Edson Souza (MDB). Como destacou a assessora do vereador, Rosângela de Lima, “a formação apenas começou e nós ainda temos muito o que aprender sobre a inclusão das pessoas com deficiência, mas já estamos olhando para os espaços públicos com mais atenção, cuidado e carinho”.  

Ivã de Pádua, que coordena os trabalhos, é servidor do Hospital Universitário, pessoa cega que trabalha há muitos anos na formação permanente de servidores e estudantes. Ivã é mestre em Educação pela Unioeste e fez graduação em Ciências Sociais na mesma instituição. “Nossa missão é defender os direitos das pessoas com deficiência e promover a educação e conscientização de todas as pessoas, para que sejam aliadas nesta luta”, explicou.

Durante o curso, ofertado em três quintas-feiras do mês de agosto, os servidores concursados e comissionados do Legislativo aprendem como atender as pessoas com deficiência e através do Braille, sistema tátil de escrita utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, podem se aproximar desta linguagem e compreender a importância da acessibilidade e da inclusão.

“Costumamos pensar na inclusão apenas como adaptação física dos espaços, como calçadas, portas e banheiros, por exemplo. No entanto, é preciso conscientizar as pessoas das barreiras de atitude quando estamos falando de pessoas com deficiência, dos preconceitos e dos estereótipos”, explicou a diretora da Escola do Legislativo, Francielle Cordeiro. Ela lembra que a Câmara recebe diariamente as pessoas mais diversas e que todas elas têm o direito de serem atendidas e acessarem os serviços da mesma forma que todos os outros cidadãos.

Legislação

A acessibilidade não é um favor que o Poder Público faz às pessoas com deficiência. É lei. De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015, é dever de todos assegurar e promover, em igualdade de condições, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e a cidadania.

Assessoria de Imprensa/CMC