A Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) decidiu nesta segunda-feira (18) entrar com representação no Ministério Público Estadual (MPE) e no Federal (MPF) para denunciar a situação dos moradores do Residencial Pazinatto. No feriado, foram noticiados pela imprensa mais casos de desabamento de forros, estufamento de pisos, além dos vazamentos e infiltrações que já vem sendo motivo de reclamação desde a inauguração do empreendimento, há três anos.
Essa decisão foi tomada em reunião coordenada pelo presidente da CDC, vereador Celso Dal Molin (PL), que contou com a presença de representantes dos moradores, assessores dos vereadores Pedro Sampaio (PSDB) e Parra (MDB), que também fazem parte da comissão, além de técnicos da Defesa Civil, do coordenador do Procon, Otto Reis, e do presidente da Companhia de Habitação de Cascavel (Cohavel), Nei Haveroth.
“Seja grave ou não a situação, nós temos um problema, e temos que estar do lado dessas pessoas que adquiriram os imóveis e têm o direito de ter suas moradias em condições”, afirmou Celso Dal Molin. Em sua fala, o vereador fez um histórico do caso e relembrou as reuniões anteriores e os compromissos assumidos pela construtora Cidade Bela e pela Caixa Econômica Federal. “Nenhuma promessa foi cumprida, eles estão enrolando os moradores e a nós também”, completou Dal Molin.
Quem chegou a se emocionar ao relatar a situação foi a moradora Raquel da Luz Sales, que estava na mesa em nome do grupo. “Eu já deixei claro para o dono da construtora que, se acontecer alguma coisa grave com um dos nossos filhos por causa desse descaso, ele vai ter que pagar por isso”, disse ela. “Ficam acusando a gente de fazer um circo, mas eles não sabem o que é passar uma noite sem dormir com medo, ouvindo o prédio estalando, e temendo que o pior aconteça. Eu sou uma mãe, e não vou aceitar isso”, desabafou Raquel.
Depois das colocações de todos os participantes, ficou definido que a Comissão de Defesa do Consumidor e o Procon vão representar juntos aos MPs, e a Cohavel e Defesa Civil vão fazer o mesmo, mas cada uma dessas entidades dentro da sua área de atuação. Dal Molin declarou também, ao final, que a Comissão quer pedir a engenheiros que verifiquem se todo o valor liberado pela Caixa à construtora foi realmente usado nas obras.
Assessoria de Imprensa/CMC
