Convidado pelo presidente da Câmara, Marcio Pacheco, o diretor da Secretaria de Planejamento da Prefeitura, Adir Tormes, esteve na Câmara na sessão desta segunda-feira (1º) para explicar os aspectos técnicos que justificariam, segundo ele, o reinício das obras de construção do shopping Catuaí. “Nós temos de prever a chegada destes empreendimentos para Cascavel. Devemos garantir o respeito às leis ambientais, mas não podem impedir a vinda de empresas pra cá”, argumenta Tormes.
Segundo sua interpretação, as leis municipais de Uso do Solo e de Zoneamento permitem a construção de obras do porte do shopping na região, mesmo estando próxima do Lago, do Zoológico e de áreas de preservação permanente. Para Tormes, o shopping está localizado em uma área considerada “corredor de serviço”, espaço no qual é permitida uma maior impermeabilização do solo e maior coeficiente de aproveitamento.
Em sua fala na tribuna, o diretor da Secretaria de Planejamento explicou que a prefeitura já contestou os argumentos elencados na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público. Na ação, além do município de Cascavel, respondem como réus o Ibama, o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) a BR Mall e a Proeste (Empresas Reunidas do Oeste do Paraná) S. A. Para o Ministério Público o empreendimento está sendo construído em área de proteção ambiental, em área declarada “fundo de vale” e por sua extensão (cerca de 100 mil m2) acarretará prejuízos tanto para os parques próximos, quanto para as áreas de entorno.
Questionado pelo vereador Gugu Bueno (PR), acerca da atualização da Lei de Uso de Solos atualizada em 2013, Tormes explicou que mesmo com as novas regras de construção previstas na atualização, o projeto seria permitido. Para ele, o que houve foi um erro de interpretação das leis do município, possibilitando o ajuizamento da ação do MP.
Outro aspecto destacado pelo diretor é a criação de cerca de 2 mil empregos diretos, além de muitos outros indiretos, possíveis com a implantação do empreendimento, justificando assim o reinício imediato das obras paralisadas desde o final de maio deste ano.
Assessoria de Imprensa/CMC