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Ganso sem Limite: Conselho de Ética realiza primeira oitiva de testemunhas

O Conselho de Ética da Câmara ouviu na tarde desta quarta-feira (06), três testemunhas envolvidas no processo que investiga a suposta tentativa do vereador Ganso sem Limite (PSD) de burlar o sistema de agendamentos no Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná).

Haviam sido convocadas cinco testemunhas para as oitivas de hoje: o vereador Jorge Bocasanta, as jornalistas Marcele Antônio e Fernanda Toigo, o secretário municipal de saúde, Reginaldo Andrade e o médico Vilson Dalmina. Apenas três dos convocados compareceram, sendo que as jornalistas Marcele Antonio e Fernanda Toigo devem receber uma segunda convocação. Também será encaminhado um novo ofício à direção do Cisop, que apresentou uma justificativa para que o diretor do consórcio, Darci Tirelli e a diretora do Cisop, Neiva Savaris, não comparecessem às oitivas agendadas para amanhã.

O primeiro a ser ouvido foi o médico Vilson Dalmina, que atende no Cisop e foi citado pelo vereador Ganso sem Limites nas entrevistas dadas aos veículos de comunicação. Dalmina afirmou não ter recebido “bilhetes pedindo que atendesse pacientes encaminhados pelo vereador” e que o sistema de agendamentos é de responsabilidade da administração do consórcio, não sendo incumbência dos médicos conferir a marcação de consultas e pedidos de exames. Dalmina também explicou que conhece o vereador investigado há cerca de três anos e este teria pedido apenas que “desse uma atenção especial aos pacientes trazidos por ele”.

O vereador Jorge Bocasanta (PT), autor da denúncia ao Conselho de Ética, comentou que fez o pedido de investigação apenas para que a questão da saúde fosse discutida. Segundo ele, “se o sistema de saúde funcionasse como deveria ser, não existiriam filas e não seria preciso as pessoas pedirem ajuda aos vereadores”. Bocasanta criticou os administradores da saúde em todas as esferas do Poder Público e também o Ministério Público, que de acordo com ele, não atua como deveria quando chegam denúncias de mortes nas UPAS ou de falta de leitos nos hospitais.

O último depoente foi o secretário de Saúde, Reginaldo Andrade, que respondeu questionamentos dos vereadores acerca da possibilidade de fraudar o sistema de agendamentos. Reginaldo afirmou que não há como assegurar 100% de confiabilidade do sistema e que operadores que possuem senhas de acesso podem, tecnicamente, inserir pacientes na fila de espera. Atualmente, segundo ele, os pacientes apenas são “passados na frente” quando há uma recomendação médica expressa.

Amanhã, quinta-feira (07), às 14h, estão convocados para depor o sindicalista Laerson Vidal Matias e o médico Jorge Trannim, além dos representantes do Cisop Darci Tirelli e Neiva Savaris.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é formado pelos vereadores, além de Pedro Martendal (PSDB), Paulo Porto (relator/PCdoB), e pelos membros Robertinho Magalhães (PMN), Walmir Severgnini (Pros) e Jorge Menegatti (PSC).

Assessoria de Imprensa/CMC