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Gugu Bueno critica Miroslau Bailak e afirma “saúde pública não é lugar de fazer negócio”

Durante seu pronunciamento na sessão desta quinta-feira (06), o vereador Gugu Bueno (PR) criticou o diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak, por seu comportamento em relação às investigações conduzidas na Câmara que tentam avaliar e buscar soluções para os problemas da saúde pública do município. Gugu, que também é presidente da CPI da Saúde, pediu que o médico explicasse suas declarações públicas de que irá processar a Comissão criada no ano passado na Casa.

Gugu lembrou o depoimento dado por Bailak durante oitiva da CPI em outubro de 2013, na qual o diretor garantiu que não faltavam leitos para internação em Cascavel e que o problema era o mau uso do sistema de saúde por parte da população ou falta de IHs (Autorização de Internamento). Em momento posterior, Bailak colocou a culpa pela crise da saúde na gestão municipal, isentando a 10ª Regional, representante do governo estadual.

“Será que fomos nós que inventamos a demanda por mais de 40 mil consultas com especialistas em Cascavel? Ou inventamos as cinco mil pessoas aguardando cirurgias ou ainda o aumento de 65% no número de mortes na UPAS de 2012 para 2013? Com o grande aporte de recursos estaduais para a saúde em Cascavel e região, o que nós vemos é falta de gestão e de compromisso com a saúde pública”, reclamou o vereador. Segundo ele, quando Bailak afirmou que a morte é inevitável, esqueceu-se de dizer que a morte pode chegar mais cedo quando os cidadãos não recebem toda a atenção e o cuidado necessários para sobreviver.

Gugu concluiu sua fala afirmando “o diretor da 10ª Regional está enganado se vai nos ameaçar. Um processo é pouco. Com CPI ou sem CPI eu vou continuar infernizando a vida desse povo. Saúde pública não é lugar de fazer negócio.” Para comprovar a situação caótica vivida no sistema de saúde, Gugu mostrou os dados que indicam que somente nesta manhã, 31 pessoas aguardam nas UPAs, mesmo já estando clicadas no sistema de leitos. Um destes pacientes aguarda há mais de 16 horas pela transferência e está no sistema de vaga zero, que obriga o atendimento hospitalar de pacientes em situação de risco, mesmo sem vagas disponíveis no sistema.

Regina Krauss/Assessoria de Imprensa/CMC