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Mandato de Paulo Porto é solidário as reivindicações indígenas

O mandato do vereador Paulo Porto (PCdoB) declara apoio às reivindicações do grupo de indígenas Kaigang que ocupou nesta segunda-feira (03/06) a sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Curitiba. Os indígenas exigem diálogo com o governo, reabertura dos estudos para demarcações no Paraná e a assinatura de homologações de terras tradicionais no Mato Grosso do Sul.

A ministra Gleisi Hofmann (Casa Civil) foi o principal alvo do protesto pacífico dos Kaigang. O grupo estendeu uma faixa com os dizeres: “Gleisi discursa favorável ao agronegócio e contra os povos indígenas”. Além de suspender as demarcações, a ministra também deu declarações na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados que “o governo não pode levar em conta propostas que seguem crenças irrealistas e que levam ao impedimento da soberania e do desenvolvimento do Brasil”.

O posicionamento do governo federal em relação aos povos indígenas motivou um pronunciamento do vereador Paulo Porto na sessão desta segunda-feira (03) na Câmara de Cascavel. “É com tristeza que vemos esse movimento contrário de setores do PT que se afastam de seus aliados históricos e se aproximam daqueles que sempre foram os inimigos de classe, o agronegócio, o grande latifúndio. Somos base do governo Dilma, o que não significa adesismo, temos que fazer a crítica quando acharmos necessário, fazendo a luta interna”.

Para Porto, é preciso que o PT abra um diálogo urgente com as lideranças indígenas. “A ocupação da sede do partido foi uma tentativa desesperada de diálogo com aquele que sempre foi um aliado das causas indígenas. Nós acreditamos nesse compromisso histórico do Partido dos Trabalhadores e esperamos que o governo atenda as reivindicações, pois é fundamental essa abertura de diálogo”.

Violência

Porto critica a cumplicidade do governo federal em relação à violência contra as comunidades indígenas. “O governo tem declarado guerra aos povos tradicionais, um exemplo é que aconteceu em Sidrolândia (MS), onde foi assassinado o indígena terena Oziel Gabriel. Infelizmente não foi divulgado pela mídia que aquela área foi reconhecida em 2010 como área indígena, passando por identificação, delimitação, demarcação, faltando apenas a homologação. Ou seja, os fazendeiros eram os invasores”, comentou.

O vereador apresentou em plenário dados que refletem essa ofensiva aos povos tradicionais. “Somente nos últimos oito anos foram assassinadas 264 lideranças indígenas no MS e pasmem ninguém foi há julgamento até então”, conclui.

Por Júlio Carignano | Assessoria de Imprensa | Vereador Paulo Porto

Sessão 13-05-2013 07

LEGENDA:
Vereador Paulo Porto PCdoB

Fotos: Flávio Ulsenheimer/ Assessoria Câmara Municipal