O vereador Parra (PMDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, usou a tribuna nesta segunda-feira (24) para tratar do déficit de vagas para cirurgias eletivas em Cascavel. O problema, que parecia resolvido com o mutirão lançado em 2015, permanece. “Mais de três mil pessoas aguardavam na fila há mais de 10 anos e o dinheiro foi liberado. Por quê os procedimentos não foram realizados?”, questiona Parra.
De acordo com o vereador, faltam aproximadamente 20 dias para o contrato ser finalizado e centenas de pessoas ainda aguardam na fila. O vereador chama a atenção para alguns dados: das 260 cirurgias vasculares contratadas, apenas 61 foram realizadas, da especialidade de otorrinolaringologia 477 foram autorizadas e 16 executadas, de 864 cirurgias gerais, apenas 23 realizadas e ainda, de urologia 284 procedimentos foram autorizados e nenhuma pessoa foi atendida.
Cerca de seis mil pessoas deveriam ter sido atendidas no mutirão, que segundo Parra, realizou apenas 1.857 cirurgias. “Recebemos informações de que seis clínicas foram contratadas, três delas especialmente para cirurgias oftalmológicas, das outras três, duas também fizeram este tipo de procedimento, mas não cumpriram as demais demandas”, afirma o vereador.
As clínicas ganharam a concorrência e não ofereceram o serviço, já empenhado pela Secretaria de Saúde. Sobre o assunto, Parra comentou: “Com a situação que temos na saúde hoje em Cascavel, vai devolver dinheiro para o governo estadual? As cirurgias eletivas não são de urgência, mas a qualidade de vida das pessoas piora muito e pode, com os anos, levar à morte ou causar danos sérios à saúde das pessoas”.
O vereador defendeu uma investigação detalhada dos motivos que levaram o município a contratar estas clínicas e também assegurou que a Comissão de Saúde da Câmara irá pedir esclarecimentos à 10º Regional de Saúde e à Secretaria de Saúde.
Assessoria de Imprensa/CMC