Notícias

Número de casos da dengue aumenta em Cascavel e preocupa autoridades

Cascavel já registrou 264 casos de dengue neste ano, um número pelo menos quatro vezes maior do que no ano passado. Além do clima chuvoso e quente, propício à proliferação de focos do mosquito, a grande preocupação dos agentes responsáveis pelo Controle de Endemias é a falta de conscientização da população.

Na tentativa de dar visibilidade ao tema e propor iniciativas para combater a dengue, a Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social da Câmara organizou na última quinta-feira (28) a audiência pública intitulada “O Avanço da Dengue no Município de Cascavel”.

O presidente da comissão, vereador Pedro Martendal (PSDB), destaca a importância de “convocar todas as pessoas envolvidas no combate à dengue para esclarecer a população e conseguir o efetivo envolvimento da comunidade”. Martendal explica que são essenciais as medidas que visem diminuir a taxa de morbidade e mortalidade devido à doença e o índice de infestação do mosquito, a fim de que não ocorram surtos ou epidemias.

Participaram do debate os vereadores Celso Dal Molin (PR) e Jorge Bocasanta (PT), representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Saúde, Vigilância Epidemiológica da 10ª Regional de Saúde, Hospital Universitário (Unioeste), Controle de Endemias, Núcleo Regional de Educação, CDL (Câmara dos Dirigentes Logistas), Corpo de Bombeiros, Exército, Rotary, Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência e ainda representantes de diversas paróquias do município.

De acordo com Marileia Renostro, gerente da Vigilância Ambiental, estão trabalhando atualmente 140 agentes de campo, “responsáveis por realizar visitas bimestrais aos imóveis residenciais e comerciais. Estes agentes realizam ações de conscientização, vistorias, notificação e pulverização de inseticidas”. Renostro lembrou que a primeira opção é sempre a eliminação mecânica dos focos da dengue e depois, em último caso, o uso de inseticidas.

Dois dos pontos principais discutidos na audiência foram as estratégias para conseguir o engajamento da população e a responsabilização dos infratores. Atualmente, o proprietário do imóvel, residencial ou comercial, que recebe notificações reincidentes, pode ser multado. No entanto, neste ano, nenhuma multa foi aplicada.

Lilimar Mori, da 10ª Regional de Saúde, lembra que o mosquito Aedes aegypti transmite, além da dengue, outras três doenças: a febre amarela, vírus zika e febre Chikungunya. A médica ressalta que, apesar da responsabilidade das autoridades no combate à dengue, cada cidadão é responsável pelo lixo que produz e por cuidar da limpeza de sua propriedade.

A audiência foi finalizada com o compromisso dos participantes de levar até seus grupos de influência informações acerca do combate à dengue e também a formação de um grupo técnico para discutir ações de divulgação conjuntas e possíveis mudanças nas leis municipais.

Assessoria de Imprensa/CMC