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Pastoral carcerária denuncia violação de direitos humanos na PEC

Nesta segunda-feira (18) o Padre Gustavo Luis Marmentini, assessor da pastoral carcerária, ligada à Igreja Católica, esteve na Câmara apresentando a denúncia de violação de direitos humanos na Penitenciária Estadual de Cascavel, especialmente após a última rebelião que aconteceu em novembro.

A Pastoral Carcerária de Cascavel, Centro Regional de Direitos Humanos e demais entidades que atuam na defesa e promoção dos direitos humanos e da justiça social, protocolaram no Ministério Público da Vara de Execuções Penais denúncia de crimes de tortura na PEC.

As entidades pedem a imediata apuração e punição das denúncias de crimes de tortura praticados contra presos e requer ainda que sejam adotadas as medidas judiciais para a remoção dos presos para outras unidades prisionais do Estado, até o encerramento das reparações das instalações da PEC, garantindo a segurança dos detentos e também dos agentes penitenciários. “O SOE (Seção de Operações Especiais) já identificou pelos menos 100 presos de maior periculosidade e risco de tumulto que deveriam ser transferidos”, afirmou Marmentini.

“Há centenas de presos nos pátios, sem colchoes e cobertores, seminus e sem ter nem um espaço onde fazer as necessidades. De acordo com os próprios trabalhadores, o cheiro é insuportável e as condições são precárias”.
A pastoral carcerária denuncia ainda a falta de informação às famílias, e ainda defendem uma solução mais humanizada, como é o caso das APACs. “Não pedimos privilégios para ninguém, mas justiça para todos e respeito aos trabalhadores, famílias e apenados, afinal, não vivemos em sociedades distintas, precisamos encontrar soluções dignas para todos”, defendeu.

Assessoria de Imprensa/CMC