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Plenário absolve Ganso sem Limite em pedido de cassação

Como resultado do processo aberto no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o plenário votou na sessão desta segunda-feira (25), o pedido de cassação do mandato do vereador Ganso sem Limite (PSD). Com 12 votos contrários e cinco favoráveis, os vereadores optaram por absolver o vereador investigado.

O vereador Jeovane Machado (PSD), o Ganso sem Limite, foi acusado de usar influência política para burlar a fila para consultas e exames no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop). No dia 24 de fevereiro de 2015, ele concedeu entrevista para a imprensa em frente ao Consórcio, afirmando ter encaminhado indicações aos médicos do órgão para conseguir consultas e que usava este expediente enquanto trabalhava para um deputado federal.

Na última quinta-feira (21), o relatório final do Conselho foi deliberado. Na ocasião, três dos cinco componentes decidiram pela aprovação do relatório e encaminhamento do pedido de cassação ao plenário. Nas manhã de hoje, antes de abrir a discussão aos vereadores, o presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR), concedeu 30 minutos ao advogado de Ganso sem Limite, João Paulo Pyl, para que este apresentasse a defesa do vereador.

O advogado apresentou um vídeo com trechos de depoimentos prestados pelos envolvidos ao MP (Ministério Público) e também durante as oitivas da Câmara, nos quais os depoentes confirmam que Ganso estaria no Cisop apenas para acompanhar um problema de falta de energia elétrica. Além disso, o advogado reiterou o argumento de que a intenção do vereador era apenas ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade.

Para os parlamentares, a conduta de Ganso no caso e sua declaração de que se tratava “apenas de uma brincadeira”, mereciam uma punição. Porém, a perda do mandato seria uma repreensão muito grave face às provas produzidas durante a investigação. Para os vereadores João Paulo (PSD), Robertinho Magalhães (PMN), Luiz Burgarelli (PDT) e Fernando Winter (PTN), a atitude de Ganso sem Limite reflete as necessidades da população, que acaba pedindo socorro aos vereadores para solucionar seus problemas.

Para o relator do processo, Paulo Porto (PCdoB), Ganso deveria ter sido cassado por quebrar o decoro parlamentar em suas declarações à imprensa e nas oitivas na Câmara. Porto lembrou ainda que o vereador está sendo investigado em outros dois processos relacionados (GAECO e MP), “entendemos que esta prática política que afirmam ser comum faz a fila andar para uns, e não para todos”, criticou o vereador.

Votaram contrários à cassação os vereadores Luiz Frare, Aldonir Cabral, Fernando Winter, Luiz Burgarelli, Nei Haveroth, Robertinho Magalhães, Claudio Gaiteiro, Jorge Bocasanta, Walmir Severgnini, Carlos Luiz de Oliveira, João Paulo, Rui Capelão. Votaram favoravelmente os vereadores Jorge Menegatti, Pedro Martendal, Celso Dal Molin, Paulo Porto e Professor Paulino.

Assessoria de Imprensa/CMC