Durante seu pronunciamento na tribuna nesta terça-feira (16), o presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR) comentou a necessidade de que o Legislativo cascavelense investigue a destinação do dinheiro gasto pelo município no Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) e abra a “caixa preta” da entidade, que repetidamente se nega a prestar informações com transparência.
Gugu Bueno explicou que o funcionamento do Cisop foi um dos temas abordados pela CPI da Saúde em 2014, embora não fosse seu objeto principal. Após a conclusão das investigações, os vereadores indicaram que fosse realizada uma auditoria externa nas contas da entidade e aconselharam ainda o Executivo a cancelar o contrato vigente entre prefeitura e Cisop. De acordo com ele, Cascavel gasta cerca de R$ 4 milhões por ano para garantir o atendimento da população através do consórcio. A CPI sugeria que o município investisse os recursos em um centro de especialidades municipal, tendo em vista que Cascavel responde por mais da metade das consultas e do aporte financeiro da instituição. Apesar disto, há um déficit de 35 mil consultas apenas para os cascavelenses.
O presidente rebateu ainda as críticas feitas pelo diretor do Cisop, Darci Tirelli, que afirmou à imprensa que uma CPI na Câmara de Cascavel não tem autonomia para fiscalizar o consórcio. “Nós, como legítimos representantes da população cascavelense, temos legitimidade para investigar onde é gasto cada centavo gasto pelos cofres públicos com o Cisop”, assegurou.
Para que seja instituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), um Requerimento deve ser apresentado com assinatura de pelo menos 1/3 dos vereadores. Segundo Gugu Bueno, o pedido deve ser oficializado ainda amanhã, quarta-feira (17).
Assessoria de Imprensa/CMC