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Procuradoria da Mulher promove ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

A Procuradoria da Mulher da Câmara organizou nesta quarta-feira (30) uma roda de conversa para discutir o combate à violência contra a mulher e a conscientização da comunidade sobre a questão. O bate-papo aconteceu no saguão do Legislativo e reuniu cerca de 50 participantes, entre servidoras e assessoras, representantes do Poder Público e de entidades da sociedade civil.

Coordenado pelas vereadoras Beth Leal (procuradora da Mulher) e Professora Liliam (vice-procuradora), o encontro destacou pontos importantes para que Cascavel consiga reduzir os números alarmantes registrados todos os anos de violência contra a mulher e também oferecer acolhimento adequado e recursos para que as mulheres sobreviventes da violência possam refazer suas vidas. “Precisamos começar a construir um Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, que envolva todas as secretarias e estabeleça ações concretas e conjuntas para curto, médio e longo prazo”, explica Beth Leal. A sugestão foi apresentada pela servidora municipal Susana Dal Molin.

Serão articuladas também a divulgação de um mapa da rede de proteção à mulher, para que todos os órgãos, imprensa e população saibam quais serviços estão disponíveis e em qual bairro. “A mulher que registra um boletim de ocorrência precisa saber que tem direito à auxilio da assistência social e também atendimento de saúde, por exemplo”, citou a Professora Liliam. “Hoje a rede de proteção no município está capilarizada pelos bairros e cada moradora pode, e deve procurar estes serviços para garantir seu sustento, sua independência financeira, segurança pessoal e de seus filhos”, enfatizou o secretário de assistência social, Hudson Moreschi.

Misael Pereira Júnior, da Secretaria Especial de Cidadania, da Proteção à Mulher e Políticas sobre Drogas, assinalou a importância de programas de responsabilização e conscientização para os homens agressores e Dayana Schihotski e Mayara Martins de Morais, da Comissão da Mulher Advogada da OAB/Cascavel, propuseram um curso em conjunto com a Procuradoria da Mulher sobre violência institucional em 2023.

De janeiro até agora, o município atendeu 112 mulheres acompanhadas de 119 crianças e adolescentes no Abrigo Vanusa Covatti e 136 mulheres vítimas de violência psicológica, 122 registros de violência doméstica e 100 casos de violência física. Eles são os casos das mulheres que buscaram a assistência social. De acordo com a Delegada da Mulher, Barbara Strapasson, “a maior parte das mulheres nem chega a procurar estes serviços, seja por desconhecimento, por medo ou por falta de condição financeira e emocional de separar e sair de casa”. Mais de 100 boletins de ocorrência são registrados por mês na Delegacia da Mulher.

Os encaminhamentos propostos receberam o apoio e a colaboração de todas as presentes, que se comprometeram a seguir no trabalho coletivo. Dentre elas a jornalista Juliet Manfrin, Ceres Canali, psicóloga, integrantes da Patrulha Maria da Penha, Univel, Secretaria de Saúde, Escola do Legislativo da Câmara, pedagogas, advogadas, estudantes e servidoras.

Assessoria de Imprensa/CMC