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Professor Paulino recorda o fatídico 30 de agosto, Dia de Luto e luta da educação

Há exatamente 27 anos, uma manifestação de professores em greve entrou para a história do Paraná por causa da violência do desfecho. No dia 30 de agosto de 1988, policiais militares avançaram com cavalos, cães e bombas de efeito moral contra uma multidão de docentes que protestava por melhores salários e condições de trabalho na Praça Nossa Senhora de Salete, em Curitiba. A repressão deixou dez pessoas feridas e resultou na prisão de cinco manifestantes.
Professor Paulino recordou que o massacre se repetiria: “No dia 29 de abril deste ano, no mesmo Centro Cívico da violência do 30 de Agosto de 1988, a história se repetiria novamente como tragédia. O fortíssimo confronto planejado pelo deputado federal Fernando Francischini, do Partido Solidariedade, então Secretário de Segurança Pública, contou com a anuência do próprio governador que cedeu o Palácio Iguaçu para servir de gabinete de guerra.”
Para o vereador, consolidar um período de avanços societários no estado do Paraná é tarefa dos movimentos organizados, contrapondo-se a governos que agem numa lógica policialesca, de criminalização e violência contra os movimentos sociais e sindicais. “Não é possível aceitar que novas farsas ou tragédias aconteçam. É preciso, como nos lembra Marx na mesma obra, despir-se das superstições que nos prendem ao passado, para que o futuro, a revolução social do século XXI, colha a sua poesia.”
“Muitas conquistas trabalhistas vieram depois daquele fatídico dia: o piso salarial nacional, o plano de carreira para docentes, o aumento na periodicidade dos concursos públicos e o direito à hora-atividade, tempo destinado ao preparo das aulas fora de sala. Prova de que aquela luta de 1988 não foi em vão”, destaca o vereador petista.
(Equipe Professor Paulino / APP Sindicato)