O vereador Jorge Menegatti (PSC) apresentou em dezembro de 2013 o Projeto de Lei 240/2013, que propunha a criação do Polo Tecnológico da Indústria Têxtil de Cascavel e da região Oeste. Adiado em março por 12 sessões, a matéria voltou hoje para a pauta.
Em primeira votação na sessão desta terça-feira (13), o projeto foi rejeitado com 12 votos contrários e seis votos favoráveis. O principal argumento da base governista para a não aprovação do projeto foi a ausência de detalhamento orçamentário, que definisse quais seriam os benefícios fiscais oferecidos às empresas que se instalassem no polo. A matéria legislativa foi aprovada em todas as comissões da Casa, inclusive na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento. Representando a Comissão, o vereador Luiz Frare (PDT) afirmou ter se equivocado ao exarar o parecer, que deveria ter sido contrário, bem como o parecer da Comissão de Justiça e Redação.
O principal objetivo da proposta é desenvolver a cadeia produtiva relacionada ao setor têxtil através da combinação de fatores econômicos, sociais e políticos fortalecendo os vínculos de produção, interação, cooperação e aprendizagem, chamados de APL (Arranjos Produtivos Locais). Para Menegatti, o polo têxtil pode colocar Cascavel na rota do turismo de negócios e possibilitar que atacados de confecção comprem seus produtos aqui mesmo na região, baixando os preços. Além disso, todos os polos industriais têm a capacidade de gerar dezenas de empregos, aumentando a renda das famílias envolvidas no processo.
Caberia à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SEMEDC) incentivar às atividades de pesquisas científicas e tecnológicas da cadeia produtiva da indústria têxtil e de confecções; desenvolver o fomento da atividade têxtil, visando o fortalecimento do comércio local e regional, qualificar a mão de obra existente e incentivar o turismo de negócios e eventos.
Vários estados já implementaram polos têxteis, inclusive o Paraná, que possui um forte polo desta natureza na região de Cianorte. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o Brasil é a sexta maior potência do mundo e gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos. O país tem características que favorecem o desenvolvimento da produção têxtil: grande produção de algodão, mão de obra qualificada e um gigantesco mercado consumidor. No entanto, especialistas no setor afirmam que a competição com fornecedores chineses só é possível com políticas públicas efetivas e incentivos econômicos aos produtores nacionais.
Assessoria de Imprensa/CMC