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Rejeitado plano de criação do polo tecnológico têxtil

Nesta segunda-feira (19), os vereadores decidiram por não aprovar o Projeto de Lei 240/2013, que propunha a criação do polo tecnológico têxtil de Cascavel. A proposta passava pela segunda votação e foi rejeitada com 11 votos contrários e nove favoráveis.

O vereador Jorge Menegatti (PSC), proponente, modificou o projeto original com uma emenda supressiva. A emenda retirava o Inciso I do artigo 4º, o qual previa concessões de benefícios financeiros e fiscais às empresas do setor que se instalassem em Cascavel. Menegatti explicou que “como o principal argumento da base do governo para rejeitar o projeto era esse inciso, resolvemos modificar o texto para pudesse ser aprovado”.

O principal objetivo da proposta é desenvolver a cadeia produtiva relacionada ao setor têxtil através da combinação de fatores econômicos, sociais e políticos fortalecendo os vínculos de produção, interação, cooperação e aprendizagem, chamados de APL (Arranjos Produtivos Locais). Para Menegatti, o polo têxtil pode colocar Cascavel na rota do turismo de negócios e possibilitar que atacados de confecção comprem seus produtos aqui mesmo na região, baixando os preços, além de gerar dezenas de empregos.

Caberia à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SEMEDC) incentivar às atividades de pesquisas científicas e tecnológicas da cadeia produtiva da indústria têxtil e de confecções; desenvolver o fomento da atividade têxtil, visando o fortalecimento do comércio local e regional, qualificar a mão de obra existente e incentivar o turismo de negócios e eventos.

Vários estados já implementaram polos têxteis, inclusive o Paraná, que possui um forte polo desta natureza na região de Cianorte. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o Brasil é a sexta maior potência do mundo e gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos. O país tem características que favorecem o desenvolvimento da produção têxtil: grande produção de algodão, mão de obra qualificada e um gigantesco mercado consumidor. No entanto, especialistas no setor afirmam que a competição com fornecedores chineses só é possível com políticas públicas efetivas e incentivos econômicos aos produtores nacionais.

Assessoria de Imprensa/CMC