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Representantes de entidades criticam gestão da saúde e da educação

A primeira sessão do mês é destinada aos pronunciamentos de interesse público, por isso, nessa terça-feira (01), três representantes da sociedade civil organizada utilizaram a tribuna para tratar de educação e também de saúde.

A vice-presidente do Siprovel (Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel), Rosinei Almeida pediu reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e investimento não apenas em estrutura e equipamentos, mas principalmente no capital humano da educação. Rosinei explicou que muitos servidores tem pedido demissão, pois a carreira não estimula, nem valoriza a formação do profissional, “nossos concursos ficam sem procura, perdemos ótimos educadores porque não vale a pena trabalhar pelo salário que é pago”.

Segundo ela, um professor do ensino infantil do município com magistério ganha cerca de R$ 807 por 20 horas de trabalho, um professor com graduação recebe R$ 1.024, com especialização R$ 1.126 e com mestrado, apenas R$ 1.239. neste ano, o piso nacional para os professores do ensino básico foi estabelecido em R$ 1.697, muito acima do valor pago ao professor cascavelense.

Para Rosinei, o município não tem cumprido sua parte, ao se negar a garantir o terço de carga horária para hora-atividade e equiparar salários com os valores propostos pelo governo federal, “qual foi o planejamento feitos pelo município nos últimos anos para resolver a questão da educação? Fico feliz de estar aqui e ver que muitos vereadores estão apoiando nossa luta, pois algumas coisas urgentes não estão sendo feitas e por isso não estamos conseguindo manter professores qualificados e bem formados nas nossas escolas”.

Falou também na tribuna, o representante do sindicato dos servidores estaduais da saúde, Marcelo Oliveira. Seu discurso foi enfático ao mostrar que a insatisfação da categoria com as condições de trabalho e atendimento a população não são recentes “a greve não acontece porque estamos infelizes desde o dia 18 de março, mas sim há muitos anos”.

Marcelo criticou a privatização parcial da saúde feita pelo governo paranaense e também a falta de servidores para atender a demanda de pacientes. Segundo ele, faltam 400 funcionários no HU “ninguém gosta de fazer greve, mas não encontramos meios de negociar com o governo do estado, não vemos alternativa para garantir que a população tenha atendimento decente. Eu não posso dispensar toda a atenção e cuidado que uma pessoa merece se eu preciso atender 18 pessoas ao mesmo tempo, ainda que a Unioeste e a 10ª Regional venham a público dizer que não tem problema nenhum”.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Celso da Silva, também pode expôs ao público como funciona a entidade. Celso apresentou um relatório das atividades desenvolvidas pela administração atual do conselho, tais como pedidos feitos pelo órgão às diversas secretarias, realização de audiências públicas e negociação com a prefeitura.

Assessoria de Imprensa/CMC