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Secretário Misael Júnior apresenta ações da Prefeitura junto a moradores de rua

Ainda abalados pelo crime acontecido no sábado, quando a tia do vereador Cleverson Sibulski (PROS), Marli Cibulski, foi morta por uma moradora de rua usuária de drogas, vereadores receberam Misael Pereira Júnior, secretário municipal de Políticas Sobre Drogas e Proteção à Mulher. Convidado pelo presidente Alécio Espínola (PSC), ele esteve no Gabinete da Presidência na manhã desta terça-feira (11) para expor as ações da Prefeitura nesse segmento social.

Próximo ao horário do almoço de sábado, Marli Cibulski, de 54 anos, passava na avenida Juscelino Kubitschek, ao lado da Prefeitura, quando foi atacada por uma moradora de rua, que a esfaqueou. Ela foi atendida, mas não resistiu aos ferimentos. A moradora de rua, que é viciada em drogas e já foi atendida mais de uma centena de vezes pela área social da Prefeitura, foi presa no mesmo dia. A suspeita já se envolveu em outras agressões.

Como muitos comerciantes e moradores da região próxima à Rodoviária já relataram terem sofrido ameaças e também devido à percepção de que tem havido um aumento expressivo da população de rua na cidade, o presidente Alécio decidiu convidar os vereadores e o secretário Misael Júnior para uma conversa. Compareceram o Policial Madril (PSC), Celso Dal Molin (PL), Soldado Jeferson (PV), Josias de Souza (MDB), Sadi Kisiel (Podemos), Professora Liliam (PT) e Cidão da Telepar (PSB), além das assessorias de vários vereadores.

“Diante dos últimos fatos, nós convidamos o secretário para que ele possa falar sobre o atendimento à população de rua e o combate à drogadição. É necessário a gente entender o que a secretaria está fazendo, para ter o nosso apoio e para que a gente ajude com o que pudermos no Legislativo”, explicou o vereador Alécio. “Hoje temos 70 pessoas que estão acolhidas e internadas em nossa cidade e dessas, 14 são internações involuntárias. São pessoas que já perderam a sua dignidade, sua capacidade de discernimento e são internadas na busca de uma vida nova. E esse é o nome do projeto, o Programa Vida Nova, trazendo uma nova estrutura familiar para recuperar essa pessoa. Já temos vários casos, mas é evidente que todos os dias a demanda aumenta, pois Cascavel é uma das poucas cidades no Brasil que tem esse tipo de atendimento”, disse o secretário Misael Júnior.

Cascavel tinha antes apenas oito vagas para internações involuntárias, explicou ele. “Mas mostramos ao prefeito Paranhos a quantidade de pessoas que estavam procurando e ele nos permitiu aumentar. Aumentamos para 19, mas a clínica tem condições de atender até 50 pessoas. O custo mensal é de R$ 5.400 por pessoa, mas o prefeito já aumentou nosso recurso com uma suplementação neste ano de R$ 500 mil. E felizmente não temos fila. Todas as pessoas para quem foi feita a solicitação médica de internação involuntária, já foram atendidas imediatamente”, contou Misael.

Ao debater com os parlamentares presentes sobre a quantidade crescente de moradores de rua, o secretário atribuiu o problema à situação econômica do país, agravada durante a pandemia de covid-19. “O número de moradores de rua explodiu, e não só em Cascavel, mas no país todo. A saúde mental das pessoas piorou bastante. Nesse período todo nós abordamos 608 pessoas, e quase a metade não tinha cadastro na Assistência Social, muitos não tinham documentos”, desabafou o secretário. Ele confirmou que o hábito cascavelense de dar esmola nos cruzamentos acaba favorecendo a presença de moradores de rua que recusam atendimento social e preferem permanecer nessa situação.

Assessoria de Imprensa/CMC