Após receber na semana passada as planilhas com as medições da quilometragem do transporte escolar rural de Cascavel, o vereador Paulo Porto (PCdoB) cobrou nesta segunda-feira (23) medidas em relação ao prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos apontado na análise da documentação. O relatório apontou valores até 30% superiores ao contrato entre a prefeitura e as empresas que exploram o serviço no município.

Em pronunciamento na sessão do Legislativo, Porto cobrou a abertura de uma sindicância por parte do Executivo referente aos servidores que tinham o papel na gestão do ex-prefeito Edgar Bueno de fiscalizar o setor. Ele ainda questionou a indicação destes funcionários comissionados. O vereador adiantou que levará a denúncia e as documentações recebidas pela Comissão de Educação ao Ministério Público, destacando que o relatório auxiliará o órgão em investigação que apura fraudes na licitação de 2012.

Porto lembrou que uma nova licitação do transporte acontecerá ainda este ano e que diante da série de irregularidades constatadas, é necessário que o Executivo tome algumas medidas como o rastreamento das linhas para inibir que as empresas superfaturem a quilometragem; o desmembramento dos blocos de linhas – abrindo a licitação para novas empresas, o que para o vereador tornaria o certame mais barato e mais transparente; e a presença de monitores nos veículos, especialmente nas linhas mais distantes.

A apresentação das planilhas do transporte escolar rural mostrou, segundo Porto, como tem custado caro ao município as fraudes cometidas no setor na antiga gestão. “Pagamos dois milhões a mais para as empresas nestes últimos cinco anos. Custou caro esse esquema. Tanto é que o Executivo já está trabalhando os novos editais a partir destes termos de referência: rastreamento, mais blocos de linha, presença de monitores e veículos melhores”, disse Porto, acrescentando que a Comissão de Educação seguirá fiscalizando o transporte escola rural.

Assessoria Paulo Porto