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Vereadores cobram secretário por vacinação dos profissionais das universidades

Uma reunião com o secretário de Saúde Miroslau Bailak, no início da tarde desta quinta-feira (27) no Gabinete da Presidência, discutiu as medidas para cumprir a prioridade de vacinação para os profissionais de educação, em especial no ensino superior, determinada pela Lei nº 7.223/2021. Participaram o presidente Alécio Espínola (PSC) e as vereadoras Beth Leal (Republicanos) e Professora Liliam (PT), que assinaram um requerimento sobre o assunto, além do líder do Governo Pedro Sampaio (PSC) e o vereador Valdecir Alcântara (Patriota).

“Há uma preocupação muito grande sobre quando essa vacina chega também para os professores universitários, uma vez que nós aprovamos nesta Câmara uma lei para que todos os profissionais de educação sejam beneficiados. Quem é que recebe os jovens que vão para as baladas, que hoje são os principais transmissores da doença? São os professores universitários”, disse o presidente Alécio Espínola. Segundo ele, o secretário vai agora estudar uma forma de garantir que sejam utilizadas as doses que forem chegando para vacinar sempre uma escola municipal, uma estadual, uma particular e uma universidade.

De acordo com a vereadora Beth Leal, o encontro foi importante para discutir os critérios que estão sendo usados para a vacinação. “Esperamos que, a partir de agora, ele (Bailak) voltando para a secretaria e fazendo um novo planejamento, a gente possa deixar isso mais claro para a população, informá-la quais serão os próximos passos”, afirmou ela.

Já para a Professora Liliam, há uma falta de constância nos critérios de vacinação. “É muito difícil cumprir um calendário de referenciamento porque isso muda todo o tempo. Ainda que a lei municipal indique que este é o critério, na prática isso não está sendo cumprido num procedimento claro e transparente. Todos sabem a minha posição: o ideal seria que só voltassem as aulas com os professores vacinados. Mas, para as escolas que estão funcionando, a gente precisa garantir essa vacinação de todas as redes”, ressaltou a parlamentar.

O secretário de Saúde de Cascavel acolheu as demandas dos vereadores. “Todos sabemos que nós precisamos vacinar 100% da nossa população. Todos sabemos também que há uma dificuldade muito grande no número dessas doses que estão chegando. Estavam muito devagar, agora está acelerando um pouquinho, e a gente pretende sim vacinar todos. A conversa foi muito produtiva e acho que agora nós vamos reorganizar essa vacinação para que todos tenham acesso da melhor maneira possível dentro desse momento de dificuldade”, garantiu Miroslau Bailak.

Requerimento

Alécio, Beth Leal e a Professora Liliam já haviam protocolado um requerimento, a ser lido na próxima sessão ordinária, em que solicitam informações ao secretário Bailak sobre o cumprimento do disposto na Lei nº 7.223, que já está em vigor há quase um mês. A primeira questão levantada pelos parlamentares é sobre a razão de ainda não ter começado a vacinação dos professores e demais profissionais das instituições de ensino superior.

“Importante relatar que as Faculdades e Universidades em nossa cidade já retornaram com quase sua capacidade total de atendimento presencial”, destacam os autores na justificativa do requerimento. “É essa a nossa preocupação, pois, devido à volta às aulas, a quantidade de alunos e demais pessoas nesses estabelecimentos é muito grande e o contato é muito próximo, o que os coloca em risco grande de contaminação”, afirmam os vereadores.

Outras duas questões foram encaminhadas ao secretário por Alécio, Beth e Liliam. Uma pergunta como foram decididas as prioridades dos professores e demais profissionais da educação para receberem a primeira dose da vacina. E a outra é sobre a existência de uma previsão de data para iniciar a vacinação desses profissionais.

A Professora Liliam lembra que a lei sancionada no final de abril determina que os critérios de escolha são epidemiológicos e conforme o coeficiente de incidência de cada bairro ou distrito. “Por exemplo, se o bairro A é o que tem mais casos, os profissionais de educação desse bairro deveriam ter prioridade, sejam eles de unidades da rede municipal, estadual, superior, pública ou privada”, explica ela. A vereadora encaminhou ofício sobre o assunto para o Ministério Público.

Suspeita de “fura-fila” no ensino particular

Aproveitando a presença de Miroslau Bailak na Câmara, a Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS) se reuniu também com o secretário no gabinete do vereador Edson Souza (MDB), presidente da comissão. Participou também desse encontro Marta Regina Andrea, que é presidente do Sindicato das Escolas Particulares da Região Oeste.

Em pauta, não só o andamento da vacinação dos profissionais da educação do município, mas também o esclarecimento quanto às denúncias de que instituições particulares de ensino estariam “furando fila” em Cascavel.

Assessoria de Imprensa/CMC