O Projeto de Lei nº 02/2014, do vereador Romulo Quintino (PSL), foi discutido e aprovado em primeira votação na última terça-feira (08) e volta para a pauta na segunda-feira, dia 14.
A proposição propõe a criação da campanha publicitária educativa de conscientização denominada “álcool também é droga e mata” e tem como objetivo fundamental a conscientização e informação da população de que as bebidas alcoólicas comprovadamente têm efeitos similares ao das drogas no corpo humano, causando doenças graves e mesmo ocasionando a morte.
Conforme explica o vereador Romulo, “a campanha não tem prazo para terminar, devendo os órgãos competentes aperfeiçoá-las constantemente, adequando as mensagens de forma a ser entendida por toda a população”. As despesas desta ação estarão sob responsabilidade das Secretarias de Comunicação e Antidrogas.
Diversas estatísticas mostram que o problema é bem maior do que parece. No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas são dependentes do álcool, que é uma droga socialmente aceitável. O álcool é a droga preferida dos brasileiros (68,7% do total), seguido pelo tabaco, maconha, cola, estimulantes, ansiolíticos, cocaína, xaropes e estimulantes, nesta ordem. No país, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem devido ao álcool. Motoristas alcoolizados são responsáveis por 65% dos acidentes fatais em São Paulo.
Em Cascavel, estatísticas de 2013, sistematizadas pelo 6º Batalhão de Cascavel, dão conta de que 187 pessoas foram notificadas por dirigirem embriagadas e do total, 55%, ou seja, 102 delas se envolveram em acidentes.
Outro dado alarmante, e pouco divulgado, especifica que o alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo. Além disso, causa 350 doenças físicas e psiquiátricas e torna dependente um em cada dez usuários.
O último levantamento nacional sobre o uso de drogas, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), revela ainda que o consumo de álcool por adolescentes de 12 a 17 anos já atinge 54% dos entrevistados e desses, 7% já apresentam dependência.
Assessoria de Imprensa/CMC