Após várias denúncias publicadas em um veículo de comunicação da cidade, dando conta de que alguns vereadores estariam revendendo para prefeituras da região os superpostes que foram retirados da Avenida Brasil, no processo de revitalização, os vereadores Fernando Dias Lima (sem partido), Seno Rhoden (PTB), Nestor Dalmina (PT), Juarez Berté (PPS) e Otto dos Reis Filho (DEM), além de membros da imprensa, estiveram verificando o destino dos mesmos.
No total, segundo dados fornecidos pela prefeitura à Câmara, foram retirados 74 superpostes das vias públicas e substituídos por postes menores. Segundo a denúncia, parte estaria sendo pintada e revendida por três dos 14 vereadores. Na publicação, o denunciante não dá nome aos supostos envolvidos no esquema. Mas após a visita no local ficou comprovado que 19 foram reaproveitados em outros locais públicos, como calçadão do Jardim Floresta, no bairro Santa Felicidade, Corpo de Bombeiros, entre outros. Outros 43 foram localizados ontem pelos vereadores na antiga pedreira municipal e 12 estão em um depósito da empresa Dipel. Para os vereadores “isso prova que as denúncias são inverídicas e sem fundamento”.
Além de acusar os vereadores de terem recebido e revendido o material, o denunciante também acusa o pagamento de um “mensalinho” pela Engelétrica - empresa responsável pela limpeza pública no valor de R$ 32 mil mensais.
Durante a sessão de ontem, o vereador Aderbal de Mello (PT), presidente da Comissão de Justiça, Redação e Veto, pediu para que o departamento jurídico da Casa faça uma interpelação extrajudicial ao empresário, para que ele explique as denúncias e apresente provas sobre suas declarações.

LEGENDA
Vereadores encontraram 43 superpostes na pedreira municipal

CRÉDITO
Texto: Joselei Telles
Foto: Edson Mazzetto