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Veto ao agente de bordo será primeira "prova de fogo" da nova legislatura

Um dos últimos atos do ex-prefeito Edgar Bueno (PDT) antes da passagem do cargo para Leonaldo Paranhos (PSC) foi o envio à Câmara de Vereadores do veto ao Projeto de Lei 2/2016, que obriga a presença do agente de bordo em pelo menos 30% dos veículos do transporte coletivo.
O projeto foi aprovado pelos vereadores da legislatura passada no dia 20 de dezembro, por ampla maioria de votos: 17 favoráveis e três contrários. Para o vereador Paulo Porto (PCdoB), um dos autores da proposta, a análise do veto será a primeira "prova de fogo" da nova Legislatura.
Para Porto, o envio do veto por parte de Edgar Bueno não surpreendeu, “uma vez que o ex-prefeito sempre esteve posicionado ao lado das empresas do transporte coletivo e nunca ao lado dos trabalhadores e usuários”. Porto entende que “caberá a esta nova legislatura demonstrar de que lado está. Do lado da maximização do lucro dos empresários ou do lado da população e dos trabalhadores".
O vereador afirma que há elementos para derrubada do veto, que não se justificava em sua argumentação. "Há um compromisso de diversos dos novos vereadores que durante a campanha eleitoral se posicionaram ou a favor da lei ou contra a bilhetagem eletrônica. Se houver coerência por parte da Casa de Leis este veto será derrubado".
Porto também lembrou que o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) já se posicionou positivamente em relação à lei em entrevistas em veículos de imprensa. "Todas as declarações do prefeito eleito foram no sentido positivo em relação à aprovação desta lei. Seria um estelionato eleitoral se o veto for mantido por parte da chamada ‘base de governo’. Não acredito nisto", comenta.
Em entrevista ao vivo ao Paraná TV (RPC) no dia 19 de dezembro, quando da primeira votação do projeto, Paranhos declarou que era preciso respeitar a decisão da Câmara e que estranhava o fato das empresas justificarem o aumento de passagem em virtude do projeto, uma vez que esses trabalhadores já faziam parte da folha de pagamento das empresas, portanto já estariam na planilha de despesas. "É um conforto a mais para o usuário, que já vinha pagando essa conta", disse na ocasião.

(Da assessoria do vereador Paulo Porto)