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Advogada da OAB fala ao Plenário sobre Dia de Combate à Violência contra a Mulher

Em alusão ao Dia Latino-americano e Caribenho de Combate à Violência contra a Mulher, a Mesa Diretora abriu a tribuna no início da sessão desta terça-feira (25) à dra. Karen Capelesso, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Violência Doméstica e Perspectiva de Gênero da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB Cascavel.

De início, a advogada explicou aos vereadores e aos presentes na Câmara que a data “nasceu do sangue e da coragem” das três irmãs Mirabal, que foram assassinadas na República Dominicana em 25 de novembro de 1960 por resistirem e enfrentarem a ditadura de Rafael Trujillo. “Essas mulheres se tornaram um símbolo de resistência: seus corpos tombaram, mas a luta atravessou fronteiras. Em 1981, o movimento feminista da América Latina e do Caribe escolheu essa data como marco do combate à violência de gênero”, explicou a dra. Karen.

Em 1999, a ONU reconheceu oficialmente o 25 de novembro também como Dia Mundial de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. “Essa história nos lembra que, sempre que uma mulher levanta a voz, ela ecoa as irmãs Mirabal todas as que vieram antes de nós e que o combate à violência é um ato de coragem coletiva”, afirmou a representante da OAB.

A dra. Karen Capelesso lembrou que acabou de sair a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, que apresenta dados preocupantes e que demonstram a urgência desse combate. “3,7 milhões de brasileiras sofreram violência doméstica ou familiar só em 2025. Talvez o dado mais devastador é que uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil a cada seis horas. Mesmo o nosso país tendo uma das três legislações mais avançadas do mundo na avaliação da ONU, a Lei Maria da Penha, o Brasil ainda apresenta números devastadores”, alertou ela.

“Precisamos de políticas públicas, de um sistema de Justiça comprometido com a perspectiva de gênero e de uma sociedade empenhada em proteger as suas mulheres”, disse a advogada. Ela lembrou que o Paraná é o sétimo estado com os piores índices de violência contra a mulher. “São mães, filhas, trabalhadoras e estudantes, são mulheres que tinham sonhos e os perderam por viverem em um país que ainda não lhes garante segurança”, desabafou a dra. Karen Capelesso.

Assessoria de Imprensa/CMC