Apresentado pelo vereador Mazutti, do PSL, o Projeto de Lei 159/2017, propõe a criação, em âmbito municipal, do ‘Dia da Conscientização ao Tratamento da Fibromialgia’, a ser comemorado sempre no dia 12 de maio de cada ano, data marcada no calendário internacional da saúde como o Dia Mundial da Fibromialgia.
“A finalidade desta proposição é garantir à população mais informações quanto aos sintomas e possíveis tratamentos no combate a essa doença complexa e de difícil diagnóstico” explica Mazutti.
A Fibromialgia foi classificada pela Organização Mundial de Saúde, em 1990, com o código M79.7 e reconhecida, em 1992, como uma doença reumática.
Os médicos definem a fibromialgia como uma síndrome — conjunto de sinais e sintomas — que se manifesta com dores no corpo. Trata-se de uma condição de dor crônica, generalizada e de difícil tratamento. A fibromialgia é mais do que um estado de dor musculoesquelética crônica, visto que os pacientes também experimentam fadiga, distúrbios de sono, dor visceral, intolerância a exercícios e sintomas neurológicos. É uma síndrome caracterizada mais por sintomas, sofrimento e incapacidades do que por alterações orgânicas estruturais.
As dores podem se arrastar por meses ou anos até que o diagnóstico seja definido, já que, com a ausência de lesão nos tecidos, fica mais difícil detectar o problema por meio de exames. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. A fibromialgia acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes.
Por estar relacionada com casos de depressão, muitas vezes a fibromialgia é vista como um transtorno apenas psicológico, o que não é verdade. Como os pacientes sofrem muita dor crônica, eles acabam sendo imputados como doentes psicológicos, sendo que a relação é inversa: por conviverem com a dor e a fadiga crônicas, muitos pacientes acabam desenvolvendo depressão e outros distúrbios do humor.
Diagnóstico
Com a dor persistente, o paciente deve procurar um reumatologista. O profissional irá realizar um exame no qual deve se manifestar dor em ao menos 11 dos 18 locais esperados de pontos musculares dolorosos. Antes de dar o diagnóstico de fibromialgia, o médico irá excluir outras condições clínicas, como doenças reumáticas e distúrbios primários do sono.
Tratamento
Em relação a medicamentos, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Dor Crônica indica o uso de relaxantes musculares apenas por curtos períodos de tempo. Em geral, a doença é tratada com o uso de antidepressivos. A prática de atividades físicas é outra aliada no tratamento da fibromialgia.
Além disso, com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) a homeopatia, as plantas medicinais e os fitoterápicos, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia. Essas terapias, associadas aos tratamentos convencionais, ajudam a minimizar os efeitos colaterais, trazendo mais qualidade de vida ao paciente durante o tratamento e ajudando-o a apresentar resultados positivos.
Assessoria de Imprensa/CMC