As famílias de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista conquistaram nesta terça-feira (08) que o CAUT (Centro de Apoio Convivência e Defesa dos Direitos de Autistas de Cascavel) se torne entidade de utilidade pública.
O título dá maior legalidade à entidade e permite a possibilidade de desenvolver projetos com apoio do Executivo. Segundo Idilsa Fermo, do CAUT, “a entidade precisa de uma sede física que permita o desenvolvimento das atividades e também de maior apoio do poder público para implementação de políticas e ações voltadas para os autistas”. A entidade congrega cerca de 100 famílias, mas tem percebido uma demanda crescente por atendimento e apoio.
O Projeto de Lei 85/2017 foi apresentado pelos vereadores Paulo Porto (PCdoB), Olavo Santos (PHS) e Carlinhos Oliveira (PSC). “Importante ressaltar que a declaração de utilidade pública é uma conquista dos pais e mães do Centro, que há mais de quatro anos lutam por reconhecimento de suas atividades”, explicam Porto e Carlinhos.
Autismo
Desconhecido de grande parte da população, o autismo atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. A estatística é da ONU (Organização das Nações Unidas).
O transtorno do espectro autista aparece nos três primeiros anos de vida e afeta o desenvolvimento normal do cérebro relacionado às habilidades sociais e de comunicação. Alguns sinais observáveis são dificuldade em manter conversas, comunicar-se com gestos ao invés de palavras, movimentos corporais repetitivos, desenvolvimento lento da linguagem e da interação com outras crianças.
Estima-se que 90% dos brasileiros com autismo não tenham sido diagnosticados, o que prejudica enormemente o desenvolvimento da criança, que não recebe ajuda psicológica, psiquiátrica ou para melhor interação social.
Assessoria de Imprensa/CMC