Os vereadores Paulo Porto (PCdoB) e Olavo dos Santos (PHS), presidente e secretário da Comissão de Educação da Câmara de Cascavel, participaram nesta segunda-feira (17/7) de Audiência Pública sobre Educação do Campo, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
Eles acompanharam uma comitiva de educadores e educadoras da Escola Municipal do Campo Zumbi dos Palmares e do Colégio Estadual Aprendendo com a Terra e Com a Vida, do assentamento Valmir Mota, interior de Cascavel.
O evento, que ocorreu durante todo o dia, foi promovido pelo setor de educação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em parceria com a Assessoria de Assuntos Fundiários do Governo do Paraná. Em debate questões relacionadas à educação, cultura, saúde e promoção de alimentos em áreas de reforma agrária do Paraná.
Prefeitos e vereadores ligados à área de educação e reforma agrária estiveram presentes, bem como representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, IAPAR, secretarias de Estado e núcleos regionais de educação.
Paulo Porto, que preside a Comissão de Educação, destaca que a audiência serve como base para prefeitos e legisladores pensarem políticas públicas a serem levadas aos seus respectivos municípios. “É fundamental seguirmos lutando pela educação do campo, fundamental que os filhos e filhas dos pequenos agricultores tenham acesso ao conhecimento científico e assim permanecerem no campo”, comentou.
Para o vereador, é fundamental a ampliação de políticas públicas nas áreas das escolas do campo, em especial na região de Cascavel. “Uma necessidade é a ampliação da compra da merenda escolar orgânica oriunda da reforma agrária. Além de proporcionar aos nossos alunos das escolas municipais uma alimentação mais saudável, também promoverá riqueza e aumento de renda aos pequenos agricultores”, aponta.
Fechamento de escolas
O fechamento de escolas do campo no Paraná e o sucateamento do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foram problemas apontados pelo procurador-geral da Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, como obstáculos para avanços na reforma agrária no Estado. Ele também colocou em pauta a necessidade de regularização das escolas itinerantes em acampamentos.
Roberto Baggio, da coordenação estadual do MST, lembrou da importância da educação na trajetória do movimento, ressaltando que a questão fundiária é social e deve ser amparada por políticas públicas para vencer o preconceito. Mesma linha apontada por Hamilton Serighelli, assessor de Assuntos Fundiários do Paraná, que afirmou que “a intolerância não parte do setor produtivo, mas sim do setor especulativo que entende que terra é mercadoria”. “A terra não pode servir de especulação, ela deve gerar riqueza e comida ao povo paranaense, em especial o trabalhador”.
Assessoria Vereador Paulo Porto