No último dia oficial de oitivas da CPI das Fossas (29 de junho) foram ouvidas três testemunhas: a ex-diretora da Escola Municipal Aníbal Lopes, Marli Peterson Claro, o funcionário da Sanepar, Luiz Antônio Lopes e a secretária de Finanças do período investigado, Susana Gasparovic Kasprzak.
Marli Peterson Claro foi questionada a respeito das três notas assinadas por ela em 2013, nos valores totais de R$16.756,45, R$3.299,56 e R$1.559,82, todas emitidas no mês de junho. “Houve um mutirão de limpeza na escola que demandou mais das instalações de fossa e encanamento, mas eu não tinha conhecimento dos valores cobrados e também acredito que seja possível ter realizado tantos serviços em tão pouco tempo”, afirmou Marli.
Já o analista da SANEPAR, Luiz Antônio Lopes, reiterou a informação dada anteriormente à CPI de que “não existe um registro do volume exato retirado das cargas, mas é possível ter acesso às faturas cobradas mensalmente das empresas autorizadas a descarregar na estação”. Atualmente a Sanepar recebe os efluentes das fossas sépticas de Cascavel e também de pelo menos cinco empresas, condicionadas pelo limite diário de recebimento de 300 m³. De acordo com a empresa, “a Sanepar só identifica a origem do tanque de transbordo e não do endereço da empresa, residência ou órgão público que contratou o serviço”.
O presidente da CPI, vereador Misael Júnior (PSC) enfatizou a necessidade de controle das cargas por parte da Sanepar, “como garantia de que a companhia, que pertence a todos os paranaenses, não será lesada no pagamento pelas empresas que utilizam o serviço”.
No último depoimento do dia, a ex-secretária Susana Kasprzak (Ex-Secretária Finanças) explicou que a Secretaria apenas pagava as despesas, centenas deles por semana. “Nunca foi pago nada por mim sem o cumprimento de todo o processo legal e sem a assinatura dos fiscais do contrato”, assegurou.
As empresas
Na última terça-feira (28), prestaram esclarecimentos Sérgio Rubens Bacarin (Auto Fossa Acapulco) e Carlos Eduardo Bacarin (Auto Fossa Oeste), convocados para falar sobre o processo licitatório e a prestação de serviços que motivaram o inquérito. Ambos se recusaram a responder os questionamentos dos vereadores e também a falar com a imprensa. Leonildo Mariano – proprietário de uma empresa que presta o mesmo tipo de serviço –, José Carlos Zamboni e Renato Augusto dos Santos, ambos pregoeiros da prefeitura, também foram ouvidos pela CPI.
Assessoria de Imprensa/CMC